2011-09-11 18:37:05

PAPA VAI A ANCONA PARA AS CELEBRAÇÕES DE ENCERRAMENTO DO 25º CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL


Cidade do Vaticano, 11 set (RV) - Este é um domingo de muitas atividades para o Santo Padre, que está em Ancona, na região das Marcas na Costa leste da Itália, por ocasião do 25º Congresso Eucarístico italiano. Às 10 horas da manhã de hoje, o Papa deu início à Celebração Eucarística de encerramento do evento, realizada no Estaleiro da cidade.

Em sua homilia, ressaltou as palavras do Apóstolo João (6,60), “a palavra é dura! Quem pode ouvi-la?”, sobre o que comentou: “diante do discurso de Jesus sobre o pão da vida, na Sinagoga de Cafarnaum, a reação dos discípulos, muitos dos quais abandonaram Jesus, não está muito longe de nossas resistências diante do dom total que Ele faz de si mesmo. Porque aceitar realmente este dom significa deixar-se envolver e transformar para viver Dele, como recordou o apóstolo na segunda leitura: 'Se vivemos, vivemos para o Senhor, se morremos, morremos para o Senhor. Portanto, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor' (Rm 14,8)".

E então retomou: “Esta palavra é dura"; é dura porque, muitas vezes, confundimos a liberdade com a ausência de vínculos, com a convicção de podermos fazer sozinhos, sem Deus, visto como um limite para a liberdade. Esta é uma ilusão que não demora a se transformar em desilusão, gerando inquietação e medo”.

“Na realidade – disse o Papa -, só na abertura a Deus, no acolhimento de seu dom, nos tornamos verdadeiramente livres, livres da escravidão do pecado que desfigura o rosto do homem, e capazes de servir ao verdadeiro bem dos irmãos.”

O Pontífice prosseguiu explicando que “o homem é incapaz de dar a vida a si mesmo, ele se compreende somente a partir de Deus: é a relação com Ele que dá consistência à nossa humanidade e torna boa e justa a nossa vida”.

“Primeiramente devemos recuperar a primazia de Deus em nosso mundo e em nossa vida – sugeriu o Papa -, porque é esta primazia que nos permite reencontrar a verdade daquilo que somos, é no conhecer e seguir a vontade de Deus que encontramos o nosso verdadeiro bem. Dando tempo e espaço a Deus, para que seja o centro vital de nossa existência.”

Então Bento XVI propôs o questionamento: “Por onde começar, como ir à fonte para recuperar e reafirmar a primazia de Deus?” Daí seguiu-se a resposta:

“Da Eucaristia: aí Deus se torna tão próximo, que ele se transforma em alimento, aqui ele se torna a força no caminho, muitas vezes difícil, aqui ele se torna presença amiga que transforma.”

O Papa então discorreu sobre o que significa para a nossa vida cotidiana o partir da Eucaristia para reafirmar a primazia de Deus:

“A comunhão eucarística, queridos amigos, nos tira de nosso individualismo, nos comunica o espírito do Cristo morto e ressuscitado, nos conforma a Ele; nos une intimamente aos irmãos nesse mistério de comunhão que é a Igreja, onde o único pão faz de muitos um só corpo (cf. 1 Cor 10, 17).”

Por fim, invocou a Virgem Maria, para que, como ela, “tornemo-nos ventre disponível para oferecer Jesus ao ser humano do nosso tempo, despertando o desejo profundo da salvação que vem somente Dele. (MJ/ED)








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