Juiz de Fora, 07 set (RV) - A pátria, como diz nosso poeta Olavo Bilac, é “a
família amplificada”.
A pátria é o nosso lar, nosso chão; aqui estão a nossa
família, os nossos amigos, a nossa gente. Como não amar a nossa pátria? Foi nela que
Deus nos colocou para que construamos uma vida digna e contribuamos para o crescimento
cultural, material e espiritual do povo ao qual pertencemos.
Num 7 de setembro,
há 189 anos atrás, um príncipe português de nascença, mas brasileiro de coração, quis
tornar o Brasil independente de Portugal e nesta data, formalizou a nossa independência.
Mas
falta muito para o Brasil ser realmente independente. Somos dependentes de políticos
corruptos, somos dependentes de traficantes de toda espécie de drogas, somos dependentes
da ganância de uns poucos em detrimento de muitos que sofrem, vítimas da desigualdade.
Somos dependentes de preconceitos, de egoísmo, de violências. Somos dependentes do
mau uso da natureza, da poluição e dos males que esta dependência causa.
É
urgente que nos coloquemos em oração para que o Espírito Santo ilumine as autoridades
constituídas para que tenham consciência de que governar é servir e, assim, trabalhem
para o estabelecimento da justiça, da melhor distribuição de rendas, enfim, do bem
comum.
A oração é o melhor instrumento para a conquista da paz, ainda que possamos
agir de outra forma, instrumento mais forte ainda ela será quando a única coisa que
pudermos fazer pela nossa pátria for, fervorosamente, rezar.
+ Eurico dos Santos
Veloso Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)