2011-09-07 14:06:55

OBON: A CELEBRAÇÃO DOS FINADOS JAPONESES


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Cidade do Vaticano, 07 set (RV) - Amigos e amigas ouvintes do Programa Brasileiro da Rádio Vaticano, recebam uma saudação de amizade e paz do longínquo Japão que luta dia e noite para se recuperar das tragédias.

Nas regiões destruídas pelas ondas gigantes provocadas pelo deslocamento das camadas profundas da terra, os alegres festivais japoneses foram mantidos com a finalidade de animar as vítimas. A população é muito grata pelo esforço de realizá-los apesar das inúmeras dificuldades.

No mês de agosto até inícios de setembro, celebra-se uma das mais populares festas dos japoneses, o “Obon” cuja finalidade é homenagear os antepassados.

É muito semelhante ao Dia de Finados do Ocidente. Além das orações nos templos, nas residências as crianças acendem incensos e brincam animadas. Já as pessoas mais velhas reúnem-se para fazer suas oferendas de água, flores de lótus frente ao altar de família sobre o qual colocam muita comida, especialmente, verduras e frutas para que os antepassados sintam-se em casa.

Figuras de animais feitas de pepinos e berinjelas, com patas de gravetos, também são colocadas sobre o altar: o pepino seria o cavalo, que traz os espíritos dos mortos com rapidez, e a berinjela o boi, cujo caminhar é mais lento.

Muitas lanternas são acesas para guiar os espíritos em seu retorno para a casa. Cada família recepciona seus mortos, acendendo uma lanterna com o seu símbolo para sinalizar a casa aonde o espírito deve chegar. Em alguns lugares acende-se uma fogueira. Este ritual se repete todas as noites enquanto dura o festival. Por isso é chamado também de “Festival das Lanternas”.

Ao anoitecer, as comunidades reúnem-se para dançar graciosamente o "Bon Odori", música típica para esta festa, cuja finalidade é confortar e entreter os ancestrais.

Terminada a festa, os espíritos devem voltar para o mundo dos mortos. Por isso, acende-se a lanterna ou a fogueira da despedida que lhes iluminará o caminho para que a volta seja segura. Em alguns lugares como Hiroshima, usam-se, no rio, lanternas flutuantes que guiam os espíritos de volta a sua morada eterna. Quando a luz se apaga é sinal de que chegaram ao seu destino.

Nós também seguimos uma luz que nos conduz à vida eterna. Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas possuirá a luz da vida". (Jo. 8,12). Esta luz não se apaga.

Missionário Pe. Olmes Milani CS
Do Japão para a Rádio Vaticano








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