Cidade
do Vaticano, 07 set (RV) - Amigos e amigas ouvintes do Programa Brasileiro da
Rádio Vaticano, recebam uma saudação de amizade e paz do longínquo Japão que luta
dia e noite para se recuperar das tragédias.
Nas regiões destruídas pelas ondas
gigantes provocadas pelo deslocamento das camadas profundas da terra, os alegres festivais
japoneses foram mantidos com a finalidade de animar as vítimas. A população é muito
grata pelo esforço de realizá-los apesar das inúmeras dificuldades.
No mês
de agosto até inícios de setembro, celebra-se uma das mais populares festas dos japoneses,
o “Obon” cuja finalidade é homenagear os antepassados.
É muito semelhante ao
Dia de Finados do Ocidente. Além das orações nos templos, nas residências as crianças
acendem incensos e brincam animadas. Já as pessoas mais velhas reúnem-se para fazer
suas oferendas de água, flores de lótus frente ao altar de família sobre o qual colocam
muita comida, especialmente, verduras e frutas para que os antepassados sintam-se
em casa.
Figuras de animais feitas de pepinos e berinjelas, com patas de gravetos,
também são colocadas sobre o altar: o pepino seria o cavalo, que traz os espíritos
dos mortos com rapidez, e a berinjela o boi, cujo caminhar é mais lento.
Muitas
lanternas são acesas para guiar os espíritos em seu retorno para a casa. Cada família
recepciona seus mortos, acendendo uma lanterna com o seu símbolo para sinalizar a
casa aonde o espírito deve chegar. Em alguns lugares acende-se uma fogueira. Este
ritual se repete todas as noites enquanto dura o festival. Por isso é chamado também
de “Festival das Lanternas”.
Ao anoitecer, as comunidades reúnem-se para dançar
graciosamente o "Bon Odori", música típica para esta festa, cuja finalidade é confortar
e entreter os ancestrais.
Terminada a festa, os espíritos devem voltar para
o mundo dos mortos. Por isso, acende-se a lanterna ou a fogueira da despedida que
lhes iluminará o caminho para que a volta seja segura. Em alguns lugares como Hiroshima,
usam-se, no rio, lanternas flutuantes que guiam os espíritos de volta a sua morada
eterna. Quando a luz se apaga é sinal de que chegaram ao seu destino.
Nós também
seguimos uma luz que nos conduz à vida eterna. Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo.
Quem me segue não andará nas trevas, mas possuirá a luz da vida". (Jo. 8,12). Esta
luz não se apaga.
Missionário Pe. Olmes Milani CS Do Japão para
a Rádio Vaticano