Cidade
do Vaticano, 07 set (RV) - Em agosto passado, Bento XVI anunciou que a próxima
Jornada mundial da Juventude será no Brasil, com o tema “ Ide e fazei discípulos
de todas as nações”.
Tendo em mente o atual estágio de desenvolvimento do País,
tanto social como econômico, podemos vislumbrar que nossa terra passa a ocupar um
lugar de destaque junto às nações. Durante muito anos, aprendíamos nos bancos escolares
os valores humanos dos brasileiros, sua cordialidade, conhecíamos acadêmicamente os
grandes personagens, não apenas da vida política e militar, mas também da vida literata,
científica, social e religiosa. Nossa geografia, com a enaltecimento da nossa fauna
e flora, tudo isso nos levava a um amor à pátria e, muitas vezes, a um ufanismo.
Contudo,
no mundo, além de casos isolados, brilhávamos pelo carnaval, pelo futebol, pela música
e pelas nossas praias.
Aos poucos fomos vendo que o Brasil, como comunidade,
começou a assumir responsabilidades mundiais e aqueles ícones divulgados pelo turismo
e pela economia foram deixando o protagonismo e compartilhando o espaço com a religiosidade,
para semos um país multirracial que aceita a diversidade, com nossa simpatia, com
a própria economia – apesar de muitas vezes equivocada, como quando submete a natureza
ao lucro - e com nossas empresas e indústrias.
Agora o País foi convidado
a sediar a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. Evidentemente esses dois
respeitáveis eventos enaltecem nossa terra e a colocam na vitrine do mundo. Contudo,
começa a ser a 27ª Jornada Mundial da Juventude o evento intercontinental que além
dos aspectos turísticos e econômicos, dará ao Brasil a ocasião de incentivar a atividade
intelectual das pessoas, principalmente da juventude. Idéias, propostas, mudanças
de vida, tudo isso e mais alguma coisa será trabalhado no Rio de Janeiro em 1013.
E o objetivo, o para quê, já foi dito pelo próprio Papa: fazer as pessoas discípulas
de Jesus Cristo.
Ninguém espera conversões em massa para o Cristianismo e muito
menos para o Catolicismo, não é esse o objetivo. Espera-se sim, que nesses dias e
depois, as pessoas sejam mais livres, mais solidárias e fraternas. Que o ser humano
seja respeitado e que se dê maior respeito e atenção ao pobre, ao pequeno, ao doente,
ao social e economicamente desvalorizado.
Espera-se que o Cristo Redentor do
Corcovado não seja apenas um momumento, um ícone da Cidade Maravilhosa e do Brasil,
mas seja o referencial para a construção da nova Civilização do Amor. Que se realize
a Nova Evangelização.