São Paulo, 1º set (RV) - Para repercutir o tema do Grito dos Excluídos deste
ano, “Pela vida, grita a Terra... Por direitos, todos nós!”, a coordenação do evento
promove hoje, dia 1º, na sede do Regional Sul 1 da CNBB (São Paulo), entrevista coletiva
com o Bispo de Jales (SP), Dom Demétrio Valentini e representantes de movimentos sociais,
entre eles Ari Alberti, da Coordenação Nacional do Grito.
O Grito dos Excluídos
é um evento nacional e em 2011 celebra sua 17ª edição. De 1° a 7 de setembro serão
realizadas ações, seminários e manifestações em todo o país, a fim de afirmar que
a vida deve estar em primeiro lugar.
A mobilização, que se repete desde 1995
durante a Semana da Pátria, chama a população a denunciar as exclusões e a lutar por
seus direitos.
Para Ari Alberti, o lema “Pela vida grita a Terra… Por direitos,
todos nós!” atrai a atenção para a discussão tanto sobre o meio ambiente, ameaçado
pelo modelo desenvolvimentista e pelas grandes obras, quanto sobre os direitos. “É
importante lembrar que saúde, educação, moradia são direitos básicos previstos na
Constituição” - comenta.
Para ele, é importante que a população se articule
e reivindique seus direitos e participe mais nos debates. “Ou a sociedade se organiza
ou os direitos não vão acontecer”, avisa, ressaltando a importância da participação
popular para se ter um país independente.
O chamado novo Código Florestal que
tramita no Congresso será um dos temas da coletiva de hoje em São Paulo. Segundo os
organizadores do Grito, é necessário que às vésperas da ‘Rio+20’ (Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em 2012) as organizações populares
dos diversos setores se posicionem sobre este tema. (CM)