MENSAGEM DO PAPA PARA COLETA "MAIS POR MENOS": MESMO A MENOR DOAÇÃO TEM VALOR PARA
DEUS
Cidade do Vaticano, 27 ago (RV) - No domingo, 11 de setembro, vai se realizar
em todas as Igrejas da Argentina a 42ª edição da coleta "Mais por Menos", uma iniciativa
voltada a recolher fundos para as famílias necessitadas do país que continuam vivendo
em condições de extrema pobreza.
Para a ocasião, Bento XVI enviou uma mensagem
na qual exorta a população a "uma resposta generosa", recordando que mesmo "a menor
doação tem valor para Deus".
Dar mais a quem tem menos superando a resignação
e a indiferença, e ser unidos para eliminar a chaga da pobreza. Esse é o espírito
que anima a tradicional coleta "Mais por Menos" na Argentina, que este ano se realizará
com o tema "Com a tua ajuda escolhe a vida", e cujos frutos serão distribuídos entre
as 25 dioceses, onde há pessoas que vivem sem casa, sem alimento e sem acesso a água
potável.
Na mensagem enviada em nome do Papa pelo Cardeal Secretário de Estado,
Tarcisio Bertone, ao Bispo de Añatuya e Presidente da Comissão Episcopal de ajuda
às Regiões mais necessitadas, Dom Adolfo Uriona, o Pontífice afirma que nessa doação
deve encontrar-se aquela "caridade divina que é capaz de desapegar-se inclusive do
necessário para socorrer o irmão; aquela caridade que não se mostra somente em algumas
ocasiões isoladas, mas deve penetrar profundamente na vida do cristão, conformando-o
ao Deus do amor do qual somos chamados a ser imagem e testemunho".
Em seguida,
Bento XVI exorta à união entre os irmãos, que é sinal da mais forte e íntima unidade
com Deus, e a uma resposta generosa, concreta e eficaz, certos como nos ensina o Senhor
no Evangelho de que mesmo a menor doação pode fazer a diferença.
O Santo Padre
recomenda o bom êxito da iniciativa a Nossa Senhora de Luján, suplicando à padroeira
do povo argentino que ajude com a sua amorosa proteção todos aqueles que dela participarão.
Os
bispos argentinos convidam à solidariedade falando da coleta "Mais por Menos" como
de um espaço criado para compensar a falta de equidade social, não obstante os numerosos
planos sociais e governamentais.
Por outro lado, a pobreza – como emergiu no
I Congresso Nacional argentino sobre a Doutrina Social da Igreja, que se realizou
em maio passado em Rosário – permanece sendo o desfio mais importante na Argentina,
bem como o diálogo entre as partes, necessário para superar a fragmentação e promover
o desenvolvimento integral da pessoa. (RL)