Cidade do Vaticano, 25 ago (RV) – De acordo com a agência AsiaNews, membros
da comunidade católica de Tianshui, no centro sul da China, foram detidos por forças
de segurança pública no último fim de semana. Entre eles o administrador da diocese,
o bispo emérito, muitos sacerdotes e alguns trabalhadores laicos.
O bispo
e dois sacerdotes são irmãos e estão detidos em locais diferentes e são submetidos
a sessões de reeducação política. Até então, a diocese de Tianshui, que tem cerca
de 20 mil católicos, mantinha um relacionamento tranquilo com a polícia e com as autoridades
do governo.
Sempre de acordo com a agência AsiaNews, as prisões serviriam para
convencer a comunidade católica a aceitar um candidato a bispo apoiado por Pequim.
Nos meses passados foram presos outros dois sacerdotes, possível candidatos ao episcopado,
para tentar convence-los com violência a renegar a fidelidade do Papa.
Os
católicos da diocese de Tianshui lançaram uma campanha de oração para a libertação
dos sacerdotes e fiéis. Em 18 de maio passado, durante a audiência geral, o Papa dirigiu
à Igreja da China uma oração especial.
Com ênfase, Bento XVI pediu a todos
os fiéis do mundo que recordassem o sofrimento dos católicos na China e sustentassem
a sua fé: “rezar pela Igreja da China deve ser um compromisso: os fiéis chineses têm
direito às nossas orações, precisam de nossas orações”. Se os católicos chineses disseram
muitas vezes que queriam “unir-se a Igreja do mundo”, e “com o Sucessor de Pedro”,
rezando – disse o Papa – poderemos permitir “que a Igreja na China permaneça única,
santa e católica, fiel e firme na doutrina e na disciplina eclesial”.