2011-08-25 16:24:09

BURUNDI:BOAS RELAÇÕES ENTRE IGREJA E ESTADO


Bujumbura, 25 ago (RV) - Apreço pelas boas relações entre Igreja e Estado foi expresso, em uma mensagem, pela Conferência Episcopal do Burundi (Cecab), que, no entanto, se disse preocupada com a insegurança que se vive em diversas áreas do país. É quanto refere o jornal vaticano L'Osservatore Romano. Nos últimos dias, o Presidente da Conferência Episcopal, Dom Gervais Banshimiyubusa, Bispo de Ngozi, se reuniu, junto com os demais bispos, com o chefe de Estado, Pierre Nkurunziza, ao qual apresentou a mensagem preparada para a ocasião por Cecab. Cada bispo teve a oportunidade de intervir para complementar ou reforçar o conteúdo do documento.

Os bispos do Burundi, por sua vez, agradeceram ao Presidente da República pelas boas relações de cooperação entre a Igreja e o Estado, pelas políticas desenvolvidas a fim de estabilizar a democracia, fortalecer o processo de paz e ajudar a população a sair da pobreza. Mas os bispos também destacaram ao Chefe de Estado as suas preocupações sobre a vida sócio-política do país.

Em particular, as condições de insegurança que afligem algumas áreas do Burundi, apesar de o Governo garantir que tudo está tranquilo e este comportamento, sublinharam os bispos, pode minar o processo democrático. Outra questão levantada pelos bispos refere-se à pobreza que atinge duramente a população. Os membros da Comissão Cecab também falaram sobre a Comissão “Verdade e reconciliação”, cujos resultados correm o risco de serem comprometidos pela insegurança e desconfiança que predomina entre os políticos.

Os bispos auspiciaram um diálogo verdadeiro, inclusive entre os vários protagonistas da vida nacional, para evitar mais violência e se disseram prontos a continuar a dar a sua contribuição à paz e ao desenvolvimento humano e social, através da oração pela paz, a proclamação da Palavra de Deus, os sínodos diocesanos que envolvem os cristãos na construção de uma cultura de paz e de reconciliação, as obras sociais, educativas e de desenvolvimento, como também o convite constante a todos os burundineses a deixarem o caminho da violência e a aprender a resolver suas divergências através do diálogo. Na resposta à mensagem o Presidente da República agradeceu a Igreja Católica por sua contribuição. (SP)








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