Buenos Aires, 25 ago (RV) - Falar do tema da vida no atual contexto nacional,
“assume um significado muito concreto”, porque “hoje a vida está sendo ameaçada pela
droga a pobreza e a marginalização; muitas pessoas vivem sua existência numa situação
de extrema vulnerabilidade; também a delinquência aparece hoje de forma frequente
como atentado contra a vida”: é o que se lê na declaração da Comissão Permanente da
Conferência Episcopal Argentina com o título “Não uma vida, mas duas”, publicada
ontem quarta-feira.
“Junto com estes perigos - acrescenta a declaração - nos
encontramos diante do desafio do aborto. Queremos afirmar com clareza: quando uma
mulher está grávida, não falamos de uma vida, mas de duas, a da mãe e a de seu filho,
que carrega em si. Ambas devem ser preservadas e respeitadas. A biologia manifesta
de modo contundente através do DNA, com a sequência do genoma humano, que desde o
momento da concepção existe uma nova vida humana que deve ser tutelada juridicamente”,
porque “o direito à vida é um direito humano fundamental”, destaca ainda o documento
dos bispos argentinos. (SP)