2011-08-24 17:35:52

UE ENVIA À ONU ESBOÇO DE RESOLUÇÃO CONTRA SÍRIA


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Cidade do Vaticano, 24 ago (RV) – A repressão continua na Síria. Nas últimas 24 horas ao menos 5 pessoas foram mortas. Por outro lado, a União Europeia apresentou ao Conselho de Segurança da ONU alguns ítens de uma possível retaliação contra Damasco. Enquanto isso, os grupos de oposição sírios se afastam do Conselho Nacional, criado para coordenar a revolta. Ainda há quem diga que a “onda líbia” possa chegar também a Damasco. Para os manifestantes a esperança é que depois que Gaddafi sair do poder, possa chegar a vez de Assad. Ideia que não é compartilhada pelo professor da Universidade de Palermo, especialista em História dos Países Islâmicos, Antonio Pellitteri.

“Não acredito muito nessa reviravolta. A Síria não é a Líbia, no contexto do seu papel regional, pela sua história e pela sua cultura. Penso que o último discurso de Bashar al-Assad sobre a criação de uma nova Constituição seja um fato positivo. Falei com alguns amigos em Damasco, que receberam muito bem essa iniciativa do presidente. Não acredito que possa acontecer uma reviravolta por causa da situação na Líbia”.

Pellitteri acredita que no momento, apesar da UE ter enviado às Nações Unidas um esboço de medidas contra a Síria, a comunidade internacional esteja mais preocupada com a situação na Líbia.

“O Ocidente olha para a Síria de modo diverso. Quero dizer que nesse caso o interesse não é econômico mas sim estritamente político, relativo a posição da Síria na região, às relações com Israel e Palestina e a tudo mais que diz respeito àquela região. Não sei se vão continuar a analisar a questão síria com a velha posição do Ocidente ou se, ao invés, o Ocidente vai procurar favorecer um acordo interno no país. Um acordo que teria como base uma nova sistematização da área de modo mais equilibrado”.

Outra diferença entre Líbia e Síria é que o Tribunal de Haia emitiu contra Gaddafi um mandado de prisão por crimes contra a humanidade, o que até agora não aconteceu com Assad. Até agora, de acordo com a ONU, foram registradas as mortes de mais de 2 mil civis sírios. (RB)








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