2011-08-23 12:26:53

TERCEIRO ANIVERSÁRIO DOS MASSACRES DE ORISSA


Bhubaneswar, 23 ago (RV) – Enquanto nos aproximamos do terceiro aniversário dos massacres de Orissa (24 de agosto é o dia da comemoração), a comunidade cristã local continua a enfrentar o assédio e a violência de todos os tipos, política, jurídica, econômica e social. Em 24 de agosto, o dia escolhido para lembrar os massacres de 2008, os cristãos de Orissa rezarão e se reunirão em assembleia para homenagear as vítimas e para levantar a voz contra as injustiças que ainda os atingem.

Como referem as fontes da agência Fides na diocese de Cuttak-Bhubaneswar, o governo local está violando patentemente a liberdade religiosa dos fiéis cristãos, proibindo-os de reconstruir as igrejas demolidas durante as violências ou de edificar novas nas “colônias” cristã, formadas após os massacres.

O governo local no distrito de Kandhamal (o mais afetado pelos massacres) enviou uma carta ao pároco da Igreja Católica de “Nossa Senhora da Medalha Milagrosa”, que se encontra em Mondasoro, ordenando-o imediato congelamento da obra de reconstrução de uma capela no vilarejo de Padunbadi, alegando que a terra é de propriedade do Estado. “A igreja no vilarejo – destaca à Fides o pároco local, Padre Laxmikant Pradhan - existe há mais de duas gerações” e, portanto, a ordem do governo, que impede a reconstrução da igreja, é uma clara injustiça contra os fiéis cristãos, já provados pela fome, deslocamento e pobreza.

O caso de Mondasoro não é o único: alguns dias atrás o governo deteve a construção de outra igreja católica em Nadagiri, sempre no distrito de Kandhamal. Nandagiri é um bairro onde eles foram realocados numerosas famílias cristãs que, deslocadas após as violências de 2008, não puderam retornar às suas localidades de origem, ocupadas pelos extremistas hindus.

Na colônia há 54 famílias católicas e 17 protestantes, de denominação pentecostal, que continuaram a celebrar o culto em lugares improvisados e que tinham começado a construir uma capela. O governo, revelam fontes locais da Fides, ordenou o bloqueio aceitando as queixas dos radicais, mas violando o princípio da liberdade religiosa garantido na Constituição da Índia. (SP)








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