Madri,
22 ago (RV) - “Que nenhuma adversidade os paralise. Não tenham medo do mundo e
do futuro, nem da sua fragilidade”. A Jornada Mundial da Juventude de Madri, a
grande “Olimpíada da fé católica” concluiu-se ontem, domingo, após seis dias de celebrações,
de reflexões, de exposições, de momentos culturais. Dias que tiveram o seu ápice no
sábado à noite com a Vigília de Oração e neste domingo com a Missa de encerramento
no aeroporto “Cuatro Vientos”. O Papa animou os dois milhões de jovens que pacificamente
invadiram a capital espanhola e depois o aeroporto madrilenho, a permanecerem “enraizados
na fé” diante de uma cultura relativista dominante, que “renuncia e não aprecia a
busca da verdade”.
Bento XVI deu uma injeção de ânimos nos jovens provenientes
de 193 países, que responderam com seus cantos, seus gritos, mas também com os momentos
de oração e reflexão.
Nem a tormenta que chegou no momento da Vigília de sábado
fez com que diminuísse o entusiasmo dos jovens e o afeto do Papa pelos seus jovens.
A tormenta se transformou em “tormenta de fé”, e o Papa ciente das dificuldades agradeceu
a multidão juvenil pelo sacrifício depois de suportar o calor e a chuva. “Nossa força
é maior do que a chuva”.
Certamente permanecerão nos corações dos jovens as
muitas afirmações de Bento XVI, entre elas “Deus nos ama, essa é a grande verdade
da nossa vida e que dá sentido a todo o resto”.
Sobre a emoção vivida ontem
com o anúncio da próxima Jornada no Rio de Janeiro, eis o que nos disse o Arcebispo
do Rio, Dom Orani João Tempesta.
Ouvimos ainda o presidente da Comissão Episcopal
da Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
Dom Eduardo Pinheiro.
Bento XVI reafirmou nestes dias a necessidade de ajudar
os jovens discípulos de Jesus a manterem-se firmes na fé e a assumirem a “bela aventura
de anunciá-la e testemunhá-la abertamente com a sua própria vida. Os jovens entenderam
isso e certamente levam e retorno a casa, a certeza de pertencer à Igreja de Cristo.
Os jovens brasileiros levam ainda nas suas mochilas a responsabilidade do próximo
encontro e da acolhida daqueles jovens que irão ao Rio para encontrar o Papa, mas
acima de tudo o Cristo Redentor.