A radicalidade da consagração evangélica, nada antepondo a Cristo: Bento XVI às jovens
religiosas, ao fim da manhã
(19/8/2011) “Perante o relativismo e a mediocridade”, impõe-se a necessidade da “radicalidade
testemunhada pela consagração, como pertença a Deus sumamente amado” – recordou-o
Bento XVI a umas 1.600 jovens religiosas concentradas no chamado “pátio dos reis”,
que constitui o adro da basílica de São Lourenço, a igreja do mosteiro do Escorial,
a 50 km de Madrid. Um encontro marcado pela jovialidade das jovens consagradas,
que aclamaram o Papa, à sua chegada, com um entusiasmo delirante, o mesmo entusiasmo
com que todos os outros jovens das JMJ rodearam o cortejo papal, tanto à saída da
nunciatura como na parte final do percurso, nesta localidade do Escorial. Na sua
alocução, o pontífice propôs a vida religiosa como uma “exegese viva” da Palavra de
Deus:
“Queridas irmãs, cada carisma é uma palavra evangélica que o Espírito
Santo recorda à sua Igreja. A vida consagrada nasce da escuta da Palavra de Deus e
acolhe o Evangelho como sua norma de vida. Deste modo, viver no seguimento de Cristo
casto, pobre e obediente é uma “exegese” viva da Palavra de Deus. Dela brotou cada
um dos carismas e é dela que cada Regra quer ser expressão, dando origem a itinerários
de vida cristã marcados pela radicalidade evangélica» .
Esta “radicalidade
evangélica” da vida consagrada corresponde afinal – observou o Papa – ao lema desta
JMJ – “Enraizados e edificados em Cristo”. A vida consagrada significa ir à raiz do
amor a Jesus Cristo com um coração indiviso, nada antepondo a Cristo. (Discurso
integral em Viagens Apostolicas)