Fundação AMI prepara missão humanitária na Etiópia
(18/8/2011) Uma equipa da AMI, liderada pelo presidente, Fernando Nobre, parte para
a Etiópia, esta quinta-feira, com o objectivo de preparar uma missão destinada à assistência
médica da população atingida pela crise humanitária no Corno de África. Composta
por seis elementos - dois médicos, dois técnicos do departamento internacional, um
responsável logístico e um de comunicação -, a equipa irá, nos próximos dez dias,
realizar uma "avaliação", no seguimento de contactos que a Assistência Médica Internacional
(AMI) "já tem estabelecido no terreno" A missão deverá centrar-se na região de
Dollo Ado, no sul da Etiópia, junto à fronteira com a Somália. O objectivo dos
membros da organização é "identificar um campo, porque há vários campos na Etiópia,
uns com mais visibilidade, outros mais esquecidos", onde, mais tarde, uma outra equipa
da AMI irá desenvolver uma missão humanitária, durante seis meses. Este trabalho
será feito "em harmonia com as autoridades etíopes", nomeadamente as que trabalham
com os refugiados, adiantou o presidente da AMI. A seca na região do Corno de
África, a pior dos últimos 60 anos, já provocou dezenas de milhares de mortos e constitui
uma ameaça para mais de 12 milhões de pessoas na Somália, Quénia, Etiópia, Djibuti,
Sudão e Uganda. De acordo com números divulgados pelo Alto Comissariado da ONU
para os Refugiados (ACNUR), cerca de 875 mil somalis foram obrigados a procurar refúgio
nos países vizinhos devido à fome, seca e insegurança na Somália. Entre os deslocados
somalis, 90% refugiaram-se no Quénia (497768 pessoas), Iémen (191875), Etiópia (160701)
e Djibuti (17749).