2011-08-18 14:36:01

FAO procura soluções para crise humanitária no Corno de África


(18/8/2011) Os 191 países-membros da FAO voltam a reunir-se, esta quinta-feira, em Roma, para tentar encontrar soluções que impeçam o agravamento da crise humanitária no Corno de África, com particular destaque para a Somália.
Para a reunião, que decorre na sede da Organização da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO), na capital italiana, foram convocados os ministros da Agricultura dos países-membros do organismo e representantes das principais organizações humanitárias presentes no Corno de África.
O encontro vem no seguimento da reunião ministerial de emergência, que decorreu no passado dia 25 de Julho, também em Roma.
Apesar do encontro de Julho ter ficado aquém das expectativas, a reunião serviu para aumentar o "nível de alerta" internacional sobre a "grave situação" humanitária que se vive naquela região, segundo a organização.
A FAO adiantou que o encontro de hoje servirá para "fazer o ponto da situação da crise, avaliar as necessidades e as falhas, e identificar programas concretos, projectos e outras acções (...) para enfrentar tanto as necessidades imediatas como também as causas subjacentes à crise".
A organização da ONU espera igualmente que o novo encontro ajude a abrir caminho para a conferência internacional de doadores que a União Africana (UA) convocou para ajudar às populações afectadas, marcada para 25 de Agosto.
Um dos principais destaques vai para a Somália, onde o estado de fome foi decretado, entretanto, em cinco regiões do país.
A seca que assola o Corno de África, a pior dos últimos 60 anos, já provocou dezenas de milhares de mortos e constitui uma ameaça para mais de 12 milhões de pessoas na Somália, no Quénia, na Etiópia, no Djibouti, no Sudão e no Uganda.
Números divulgados pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) referem que cerca de 875 mil somalis foram obrigados a procurar refúgio nos países vizinhos devido à fome, seca e à insegurança que assola a Somália.
Na reunião anterior, o director-geral da organização, Jacques Diouf, afirmou que seriam precisos 1600 milhões de dólares (cerca de 1107 milhões de euros) durante o próximo ano para combater a situação humanitária no Corno de África.








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