Castelgandolfo, 15 ago (RV) - “As coisas de Deus merecem pressa, aliás, as
únicas coisas do mundo que merecem pressa são as coisas de Deus: elas as únicas que
têm urgência na vida”. Esta reflexão foi feita por Bento XVI esta manhã, na homilia
da missa celebrada para a festividade da Assunção.
Comentando o Evangelho
de Lucas, o papa explicou que “Maria deixou sua casa em Nazaré e foi rapidamente para
a montanha, pois queria chegar depressa à casa de Zacarias e Isabel, numa cidade da
Judéia. Maria entra nesta casa, mas não entra sozinha; ela leva no ventre o filho,
que é o próprio Deus, feito homem”.
Esta foi a reflexão proposta pelo papa
na paróquia pontifícia São Tomás de Villanova. Seguindo uma tradição, Bento XVI e
seu irmão Georg saíram da residência onde está passando um período de descanso e percorreram
a pé a distância até a igreja, sendo cumprimentados por um grupo de fiéis, turistas
e curiosos.
Com eles, estavam também o Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio
Bertone, o secretário pessoal do papa, Mons. George Gaenswein, o reitor dos Salesianos,
Mons. Chavez, o prefeito da casa pontifícia, Mons. James Harvey e o mestre de cerimônias,
Mons. Guido Marini. Na pequena paróquia, recém-reformada, o papa foi recebido
pelo pároco, Pe. Pietro Di Letti.
Analisando a passagem do Evangelho de Lucas,
na homilia Papa Ratzinger disse que “Maria é o caminho para um futuro de alegria:
para o cristão, esta via está na acolhida à amizade de Cristo, seguindo-O todos os
dias, inclusive nos momentos em que sentimos nossas cruzes mais pesadas”.
A
primeira leitura, extraída do Apocalipse, diz que “o templo de Deus que está no céu
se abriu; e apareceu no templo a arca de sua aliança. Qual o significado da arca?
Para o Antigo Testamento, ela é o símbolo da presença de Deus em meio a seu povo.
Mas o símbolo já havia cedido o lugar à realidade”.
“Assim, o Novo Testamento
afirma que a verdadeira arca da aliança é uma pessoa viva e concreta: é a Virgem Maria,
porque acolheu em si Jesus, acolheu em si a Palavra viva, todo o conteúdo da vontade
de Deus, da verdade de Deus”.
A festividade da Assunção foi instituída por
Papa Pio XII com a Bula "Munificentissimus Deus", em 1º de novembro de 1950. Com aquele
documento, Eugenio Pacelli proclamou o último dogma (até hoje) da Doutrina Católica. (CM)