Padre Lombardi minimiza dissensões sobre viagem do Papa a Madrid. Padre Carlos Gonçalves,
de Lisboa, explica a história e programa das JMJ
(13/08/11) Tudo pronto em Espanha para as Jornadas Mundiais da Juventude, que terão
lugar em Madrid, na próxima semana. O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre
Frederico Lombardi, teve ontem um encontro com os jornalistas para ilustrar o programa
da viagem apostólica do Papa a Madrid, de 18 a 21. Trata-se da vigésima viagem internacional
de Bento XVI, a terceira em terras espanholas, mas a sua primeira deslocação a Madrid. Centenas
de milhares de jovens, mas também 800 bispos (um quarto dos prelados de todo o mundo!)
e também uns seis mil seminaristas e milhares de sacerdotes: estes alguns dos dados
fornecidos pelo padre Lombardi, para sublinhar o caráter extraordinário desta terceira
JMJ de Bento XVI. Aliás a viagem do Papa não coincide exclusivamente com o encontro
mundial dos jovens: o programa inclui encontros com o rei D. Juan Carlos, com o primeiro-ministro
Zapatero, com o líder da oposição Rajoy, assim como também com o mundo académico e
com jovens com deficiências. Em todo o caso – reconheceu padre Lombardi – o centro
e razão de ser desta viagem do Papa é a Jornada Mundial da Juventude, com o lema escolhido
pelo pontífice: “Enraizados e alicerçados em Cristo, firmes na fé”. Do conjunto
dos números do programa, sublinhados três momentos: - a Via Sacra, na sexta-feira,
na Praça de Cibeles, iniciada e concluída pelo Papa, que seguirá pessoalmente todas
as “estações”; - a vigília de oração com os jovens, no sábado à noite, no aeroporto
“Cuatro Vientos”, com o tocante e intenso momento da adoração eucarística; e finalmente,
- a missa , no mesmo aeroporto, no domingo de manhã, momento culminante de toda a
iniciativa. Os jovens inscritos são uns 400 mil, mas – foi lembrado – a experiência
ensina que normalmente o número efetivo dos participantes é três vezes superior. Os
organizadores aguardam a participação de mais de um milhão de jovens. Relativamente
a algumas manifestações de dissenso, Padre Lombardi redimensionou a questão, observando
que tal não constitui nem surpresa nem preocupação: é algo que ocorre normalmente
por ocasião das diversas viagens papais, dando voz a objeções de quem não está de
acordo com o Santo Padre. Finalmente, foi recordado que será a primeira vez,
numa JMJ, em que o Papa em pessoa confessará alguns jovens que desejem celebrar o
sacramento da Reconciliação.
Sobre as JMJ, a sua história, o clima que ali
se vive, o programa de que se compõe, José Manuel Monteiro, da Fundação Evangelização
e Encontro de Culturas, entrevistou – para o programa Lusofonias – o Padre Carlos
Gonçalves, diretor do Secretariado diocesano da pastoral da juventude, de Lisboa,
empenhado na preparação dos jovens do patriarcado que agora se deslocam a Madrid,
e ele próprio com repetida experiência destes encontros mundiais… Era o Padre Carlos
Gonçalves, responsável pela pastoral juvenil, do patriarcado de Lisboa, entrevistado
pelo José Manuel Monteiro, para o programa Lusofonias.