Cidade do Vaticano, 12 ago (RV) - O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé,
Pe. Federico Lombardi, realizou na manhã desta sexta-feira uma coletiva para ilustrar
aos jornalistas presentes o programa da Viagem Apostólica do Papa a Madri, por ocasião
da XXVI Jornada Mundial da Juventude.
Trata-se da 20ª viagem internacional
de Bento XVI, a terceira à Espanha, mas a primeira à capital Madri.
Centenas
de milhares de jovens, 800 bispos – o que corresponde a um quarto do episcopado do
mundo inteiro – e seis mil seminaristas e milhares de sacerdotes: foram alguns dos
dados que Pe. Lombardi citou para ressaltar o caráter extraordinário da terceira JMJ
de Bento XVI.
A viagem do Pontífice não se restringirá unicamente ao encontro
dos jovens: de fato, estão previstos encontros com a família real da Espanha, o Premier
Zapatero e o líder da oposição Rajoy, bem como com o mundo acadêmico e com jovens
portadores de deficiência.
Todavia – observou Pe. Lombardi –, o coração da
visita é o encontro dos jovens com o Papa sob o signo da Cruz. Em seguida, o também
Diretor-Geral da Rádio Vaticano deteve-se sobre o tema escolhido pelo Santo Padre
para esta JMJ: "Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé":
"O significado
está obviamente ligado também a temas deste Pontificado, das raízes e do fundamento
em Cristo inclusive num tempo – como o tempo em que vivemos – de incertezas, de mudanças
em que, portanto, ter um fundamento claro e sólido é particularmente importante, sobretudo
para os jovens que devem construir a sua vida."
Uma JMJ inclusive no signo
de seu idealizador, João Paulo II: de fato, o novo Beato, disse Pe. Lombardi, foi
incluído entre os dez santos padroeiros da JMJ de Madri e, por isso, será levada uma
relíquia de Karol Wojtyla à capital ibérica.
O encontro terá, em particular,
três momentos de grande relevância espiritual: a Via-Sacra na Praça de Cibeles de
Madri – iniciada e concluída com uma oração do Santo Padre, que acompanhará todas
as estações; a Vigília de oração com os jovens, no aeroporto "Cuatro Vientos", com
o comovente e intenso momento da Adoração eucarística; e, por fim, a missa, também
no aeroporto de Madri, onde estão sendo esperados até um milhão de pessoas.
Os
inscritos para a JMJ são 400 mil até o momento, mas – recordou o sacerdote jesuíta
–, tradicionalmente, o número dos participantes da JMJ supera três vezes os de inscritos.
Respondendo às perguntas dos jornalistas, Pe. Lombardi afirmou que o laicismo na Espanha
não será um dos temas da visita:
"A abordagem é bastante clara: vamos para
esse grande encontro que a Espanha acolherá, com grande cordialidade e com grande
atenção, e daremos essa mensagem de encorajamento para os jovens do mundo."
O
Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé respondeu a propósito de algumas manifestações
de dissenso, na Espanha, em relação à visita do Pontífice:
"Não há nenhuma
"preocupação" particular nem surpresa nisso. Parece-me que seja uma coisa que se verifica
normalmente, quando se tem uma visita do Santo Padre: há sempre objeções por parte
de quem não concorda..."
Pe. Lombardi ressaltou que, pela primeira vez numa
JMJ, o Papa atenderá a confissão de jovens. De fato, 200 confessionários serão colocados
à disposição, em Madri, para os jovens que quiserem recorrer ao Sacramento da Reconciliação.
Por
fim, destacou a sintonia entre a JMJ e o Dia Internacional da Juventude, criado pela
ONU – celebrado nesta sexta-feira –, recordando que a primeira JMJ se realizou, justamente,
no Ano Internacional dos Jovens, promovido pelas Nações Unidas. (RL)