2011-08-11 20:01:40

PAPA SOBRE SANTA CLARA: IGREJA DEVE MUITO A MULHERES CORAJOSAS E RICAS DE FÉ COMO ELA


Cidade do Vaticano, 11 ago (RV) - A Igreja celebra, nesta quinta-feira, a memória litúrgica de Santa Clara de Assis. Bento XVI, na audiência geral de 15 de setembro do ano passado a definiu "uma das santas mais amadas": "o seu testemunho nos mostra o quanto toda a Igreja é devedora a mulheres corajosas e ricas de fé como ela, capazes de dar um impulso decisivo para a renovação" – afirmou.

O Papa recordou o momento forte da conversão de Clara de Assis, ocorrida 800 anos atrás: de família nobre e rica e destinada pelos pais a um matrimônio com um importante expoente da aristocracia, Clara deixou tudo e foi até São Francisco, na Porciúncula.

Era a noite do Domingo de Ramos de 1211:

"Num clima de grande comoção geral foi feito um gesto altamente simbólico: enquanto os seus companheiros tinham em mãos tochas acesas, Francisco cortou-lhe os cabelos e Clara vestiu um simples hábito penitencial. A partir daquele momento tornou-se a virgem esposa de Cristo, humilde e pobre, e a Ele consagrou-se totalmente."

Clara encontrou em Francisco não somente um mestre, mas também um amigo fraterno:

"A amizade entre esses dois santos constitui um aspecto muito bonito e importante. De fato, quando duas almas puras e inflamadas pelo mesmo amor por Deus se encontram, elas adquirem da recíproca amizade um estímulo fortíssimo para percorrer o caminho da perfeição. A amizade é um dos sentimentos humanos mais nobres e elevados que a Graça divina purifica e transfigura."

Santa Clara viveu 40 anos no Convento de São Damião em total pobreza fazendo os trabalhos mais humildes, não obstante fosse a superiora. Clara manteve-se no anonimato, mas a sua luz ilumina o mundo inteiro:

"É justamente assim, caros amigos: são os santos que mudam o mundo, para melhor, transformam-no de modo duradouro, oferecendo as energias que somente o amor inspirado pelo Evangelho pode suscitar. Os santos são os grandes benfeitores da humanidade!"

O Pontífice cita as palavras de Clara a Santa Inês, filha do rei da Boêmia – região atualmente incorporada à República Tcheca –, que segue as suas pegadas, onde fala de Cristo, seu dileto Esposo, "com expressões nupciais que podem surpreender, mas que comovem":

"Amando-o, sois casta, tocando-o, sois mais pura, deixando-vos possuir por Ele sois virgem. A sua potência é mais forte, a sua generosidade é mais elevada, o seu aspecto é mais belo, o amor é mais suave e toda graça é mais sutil. Já estais abraçado a Ele, que ornamentou vosso peito com pedras preciosas... e vos coroou com uma coroa de ouro inscrita com o sinal da santidade" (Primeira Carta: FF, 2862). (RL)







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