Isiolo, 11 ago (RV) – Água, alimento, educação: essas são as três prioridades
das populações do Chifre da África atingidas pela pior seca dos últimos 60 anos. 12
milhões de pessoas da região encontram-se em estado de urgência humanitária.
Essas
necessidades foram elencadas pelo sacerdote John Arnold, Presidente do Conselho de
Administração da CAFOD, que é uma agência de ajuda e desenvolvimento além-mar do Reino
Unido. Suas constatações foram feitas após recente visita a Isiolo, no Quênia. Ele
ainda ressaltou a coragem e o orgulho com os quais a população está enfrentando essa
situação.
“Obviamente – disse ele – água e alimentos são prioridades, mas
se vê muitos pais preocupados com a interrupção dos estudos dos filhos”. Outra situação
alarmante é a da criação de animais, cujas perdas são crescentes e significam prejuízos
para o futuro dessas populações, que perderão seus investimentos.
“Quênia,
Etiópia, Gibuti, Uganda, Tanzânia: centenas de quilômetros de terra devastados pela
seca”, ressaltou.
Respondeu também às críticas que fazem alguns grupos à ajuda
humanitária, que a consideram como uma “cultura da dependência”. Segundo o sacerdote,
porém, as ajudas funcionam. “Eu vi pessoas orgulhosas, que não queriam aceitar ajuda,
mas foram obrigadas por necessidade. Pedem somente o mínimo. Se dermos a ele esse
mínimo, trabalharão duramente per obter o restante”.
“Cada doação terá um impacto
importante no combate à crise no Chifre da África. Quem doa hoje, pode realmente fazer
a diferença entre a vida e a morte de milhares de pessoas nas próximas semanas”. (ED)