Roma, 11 ago (RV) – “A situação no Chifre da África se agrava a cada dia. É
necessário intensificar os esforços, sobretudo na Somália do Sul, a zona mais problemática,
onde são garantidos corredores humanitários que permitem chegar-se às populações”.
Esse é o apelo do Diretor da Caritas Italiana, Mons. Vittorio Nozza.
A Instituição
ressalta que, além da Somália, Quênia, Gibuti, Eiópia e Eritréia, também, em alguma
medida, a Uganda, a Tanzânia e o Sudão do Sul estão sofrendo as conseqüências da seca.
A Caritas Italiana fez uma análise da situação, resumidamente, país por país, e explicou
a assistência que fornece nas respectivas regiões:
Somália: as zonas mais atingidas
são as do centro-sul, justamente onde se concentra a maior produção agrícola do país
e de onde estão fugindo milhares de famílias que vão procurar refúgio no Quênia e
na Etiópia. Atualmente, a Caritas Somália assiste com víveres cerca de seis mil refugiados
em Mogadíscio. Em algumas cidades da região de Brava, são assistidas 515 famílias,
cerca de duas mil e 500 pessoas, com víveres ainda disponíveis no mercado local. Em
três vilarejos do Baixo Juba, são assistidos duas mil 730 crianças, 945 grávidas e
670 idosos;
Quênia: a situação é particularmente crítica no Norte e Nordeste,
onde se registra um grande número de mortes e casos de conflitos e violências em disputas
pelos poucos recursos. Atualmente há um número de 223 mil 884 beneficiários, com um
bugdet total de quase três milhões de euros em dez dioceses;
Gibuti: no pequeno
Estado foram iniciadas atividades de assistência a cerca de 700 pessoas nas localidades
de Ali Sabieh, Tadjourah e Obock, que são sedes de uma missão católica;
Etiópia:
de abril a julho de 2011, o número das pessoas atingidas pela seca, principalmente
no sul e no leste, aumentou de três milhões e 200 para quatro milhões e 500 pessoas.
Com a coordenação da Caritas Etiópia, diversas Caritas desenvolvem ações de suporte
e assistência às populações. São distribuídos gêneros alimentícios altamente nutritivos,
sobretudo a mulheres e crianças, e ainda água potável e componentes hidratantes. Também
em preparação projetos para o desenvolvimento e para a retomada da agricultura, através
da distribuição de sementes e materiais agrícolas;
Eritréia: a situação foi
agravada pelas escassas chuvas dos meses passados, sobretudo na zona oeste. No país
está ativo um projeto para a assistência à população que prevê o tratamento alimentar
para crianças com menos de cinco anos, mulheres grávidas e em fase de aleitamento,
além de monitoração médica para os casos mais graves.
Uganda, Tanzânia, Sudão
do Sul: nesses países estão sendo conduzidas ações de emergência, além de intervenções
no âmbito agrícola-rural e sanitário por parte das Caritas italiana e outros organismos.
Quem quiser contribuir com as populações dessas regiões por meio da Caritas
Italiana pode entrar no site da Instituição. (ED)