Cidade do Vaticano, 07 Ago (RV) – Neste sábado, a Basílica de São Pedro e a
cidade de Castel Gandolfo foram cenário para celebrações em memória do Papa Paulo
VI, em vista do aniversário de 33 anos da sua morte.
A figura e a obra de
Paulo VI foram relembradas em duas festas, uma na basílica vaticana e a outra na igreja
paroquial de São Tomás de Villanova, em Castel Gandolfo, localidade onde se encontra
a residência de verão pontifícia, de onde, aliás, o Bento XVI têm conduzido o Angelus
durante o mês de julho.
Na homilia da missa celebrada na basílica de São Pedro,
o Arcebispo de Trieste, Dom Giampaolo Crepaldi, trouxe a memória de Paulo VI pondo
luz na sua relação profunda com a Eucaristia. “Ele construiu sua espiritualidade –
disse o prelado – a partir da Eucaristia, celebrada e adorada. As tardes de domingos
– quando não estava envolvido em viagens apostólicas ou em visitas às paróquias romanas
– eram passadas em sua capela, onde permanecia em longa e oratória adoração, confiando
a Cristo eucarístico problemas e soluções para a renovação espiritual e pastoral da
Igreja."
Falando sobre o ministério petrino do Papa Paulo VI, o Arcebispo
destacou que "mesmo em uma atenção respeitosa a toda a realidade cultural do social
e religiosa, estava bem consciente da missão que o Senhor tinha a ele confiado. Em
Genebra, no âmbito de um encontro ecumênico, diante dos representantes de igrejas
irmãs e de comunidades eclesiais, disse: "Sou Pedro e em virtude desse pondus indico
e procuro com vocês o caminho da verdade e da unidade."
Dom Gaimpaolo ressaltou
ainda que “é precisamente na Eucaristia, o verdadeiro Corpo e Sangue de Cristo, o
grande mistério da nossa fé, que se deve procurar a alma apostólica de Paulo VI ".
Já em Castel Gandolfo a homilia ficou por conta do Bispo de Albano, Dom Marcello
Semeraro, que propôs aos fiéis algumas etapas do ensino de Paulo VI, começando pela
sua primeira carta pastoral para a Quaresma de 1955, imediatamente após sua chegada
a Milão. "És necessário, Cristo - o Papa escreveu,- És necessário ou o único verdadeiro
Mestre das verdades escondidas e impensáveis da vida.”
O Bispo ainda convidou
à reflexão sobre o valor do ensinamento do Papa Paulo VI: "Se repercorrêssemos todo
o magistério de Paulo VI e também todas as suas palavras e seus escritos, mesmo os
mais íntimos, e pudéssemos, por um momento, ler em seu coração de crente e de pastor,
encontraríamos o mesmo amor que o fazia dizer: Te, Christe, solum! Só Tu, ó Cristo."
(ED)