2011-08-05 11:53:08

PAQUISTÃO: RECORDADA A ONDA DE VIOLÊNCIA DE DOIS ANOS ATRÁS


Gojra, 05 ago (RV) - Era 1º de agosto de 2009, quando uma multidão de cerca três mil extremistas islâmicos invadiu e ateou fogo no bairro cristão de Gojra, uma localidade na região do Punjab paquistanês. O balanço daquele ataque foi a morte de oito pessoas, incluindo quatro mulheres e uma criança, e 20 feridos, como também o incêndio de duas igrejas (que agora a Obra de direito pontifício Ajuda à Igreja que Sofre está ajudando a reconstruir) e de 150 edifícios.

“Uma das piores manifestações de ódio contra cristãos no Paquistão”, definiram dois líderes religiosos islâmicos do país que pediram desculpas publicamente nos últimos dias, quando o segundo aniversário daquela trágica noite foi recordado com uma missa em sufrágio celebrada pelo Bispo de Faisalabad, Dom Joseph Coutts, com a participação de uma centena de fiéis.

À celebração seguiu-se um encontro do qual participaram também o diretor de uma escola muçulmana, Israr Bihar Shah, e o líder de uma mesquita próxima, Abdul Hafiz Haui, que apontaram o dedo contra o fanatismo religioso e condenaram as ações dos agressores, afirmando que as mesmas são “contrárias ao espírito do Islã”.

“Pronunciaram frases muito importantes que certamente irá influenciar outros fiéis – comentou Padre Aftab James Paul, diretor da Comissão para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso de Faisalabad - afirmando que a religião islâmica não aceita de forma alguma o homicídio”. A violência de dois anos atrás surgiu a partir de uma acusação por parte de alguns líderes religiosos muçulmanos de que três cristãos teriam queimado algumas páginas do Alcorão. Acusação infundada contra o qual se posicionou imediatamente o então ministro das Minorias, Shahbaz Bhatti, assassinado em um atentado em 2 de março passado. (SP)








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