2011-08-02 20:20:54

BENTO XVI: CRISTÃOS DO OCIDENTE REENCONTREM ENTUSIASMO DE SUA FÉ


Cidade do Vaticano, 02 ago (RV) - "Para que os cristãos do Ocidente, dóceis à ação do Espírito Santo, reencontrem o frescor e o entusiasmo de sua fé": essa é a intenção missionária de oração do Papa para o mês de agosto. A questão da nova evangelização do Ocidente é um tema de particular importância para Bento XVI, que justamente para enfrentar esse desafio dos nossos tempos quis instituir um novo dicastério vaticano.

Aproveitamos a ocasião para propor algumas reflexões do Papa sobre a importância de uma renovada evangelização do Ocidente:

São necessários novos evangelizadores no Ocidente que deem renovado vigor ao anúncio do Evangelho: essa tem sido a exortação reiteradas vezes feita pelo Papa Ratzinger, que desde quando era cardeal chamou a atenção para o perigo do ofuscamento de Deus por parte de sociedades de antiga tradição cristã:

"A crise que se vive traz consigo os traços da exclusão de Deus da vida das pessoas, de uma generalizada indiferença em relação à própria fé cristã, a ponto de se ter a tentativa de marginalizá-la da vida pública." (Audiência ao Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, 30 de maio de 2011)

"Não é, por acaso, verdadeiro – observou o Papa – que o Ocidente, os países centrais do cristianismo estão cansados de sua fé", "não querem mais conhecer a fé em Jesus Cristo?"

"Temos motivo para gritar nesta hora a Deus: "Não permita que nos tornemos um não-povo! Faça com que o conheçamos novamente! De fato, uniu-nos com o seu amor, colocou o seu Espírito Santo sobre nós. Faça com que a força do seu Espírito se torne novamente eficaz em nós, a fim de que com alegria testemunhemos a sua mensagem"." (Missa do Crisma, 21 de abril de 2011)

Na Universidade de Ratisbona – na Alemanha, no Colégio dos Bernardinos – em Paris, bem como no Westminster Hall – em Londres, Bento XVI encorajou a Europa e o Ocidente a não dissiparem a riqueza de seu patrimônio cristão. O Papa repetiu com veemência que, embora do alvorecer do cristianismo aos nossos dias os tempos tenham mudado radicalmente, a missão dos Apóstolos permaneceu inalterada:

"A missão não mudou, assim como não devem mudar o entusiasmo e a coragem que impulsionaram os Apóstolos e os primeiros discípulos. O Espírito Santo que os impeliu a abrirem as portas do cenáculo, constituindo-os evangelizadores (cfr. At 2,1-4), é o mesmo Espírito que impulsiona hoje a Igreja a um renovado anúncio de esperança aos homens do nosso tempo." (Audiência ao Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, 30 de maio de 2011)

Trata-se de um apelo que o Santo Padre renovou também em sua viagem apostólica à Croácia, em junho passado, quando recordou à sociedade civil do país – próximo a entrar na União Européia – que, para ter esperança no futuro, a Europa não deve colocar a fé e a consciência moral à margem, ambas intrinsecamente unidas entre si:

"Se a consciência, segundo o pensamento moderno prevalente, for reduzida ao âmbito subjetivo – a que se relegam a religião e a moral -, a crise do Ocidente não terá remédio e a Europa estará destinada à involução. Se, ao invés, a consciência for redescoberta como lugar da escuta da verdade e do bem, lugar da responsabilidade diante de Deus e dos irmãos na humanidade – que é a força contra toda ditadura –, então haverá esperança para o futuro." (Discurso à sociedade civil croata, 5 de junho de 2011) (RL)







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