REFUGIADOS E DESLOCADOS NA AGENDA DOS BISPOS DA ÁFRICA ORIENTAL
Nairóbi, 30 jul (RV) - Reunidos há dias em Nairobi para celebrar seu cinquentenário,
os bispos da AMECEA publicaram um comunicado em que manifestam a determinação da Igreja
Católica em continuar a ser luz do mundo e sal da terra nesta parcela da África.
A
AMECEA é a “Associação das Conferências Episcopais da África Oriental”, organização
católica de serviço para as Conferências Episcopais Nacionais dos oito países da África
Oriental: Eritréia, Etiópia, Quênia, Malavi, Sudão, Tanzânia, Uganda e Zâmbia. Djibouti
e Somália são membros afiliados.
“Nossos problemas são imensos” – diz o comunicado.
“Se por um lado, brilha a esperança de melhores dias para o povo e para a Igreja do
Sudão do Sul, uma nação agora independente e livre; por outro lado a fome, a doença,
o tráfico de seres humanos, e ultimamente também a imensa multidão dos refugiados,
chamam-nos à mente os famosos flagelos do antigo Egito”.
“O Quênia encontra-se
hoje em dia ao centro da problemática dos refugiados vindos especialmente da Somália.
Além da guerra civil que devasta o país, há também as centenas de milhares de vítimas
da carestia. Não obstante os seus muitos problemas sociais, o Quênia tem agora o pouco
invejável primado de possuir o maior campo de refugiados do mundo: Dadaab, na fronteira
com a Somália, aloja mais de 300.000 pessoas, em maioria mulheres e crianças”.
É
neste ambiente de esperanças e incertezas que as Igrejas locais e os missionários
dos países da AMECEA são chamados a dar testemunho de amor, hospitalidade e partilha
em favor dos mais necessitados.
A Associação das Conferências Episcopais da
África Oriental realizou sua primeira assembleia plenária em Dar-es-Salaam,a Tanzânia,
de 17 a 26 de julho de 1961. O tema, já significativo e ainda atual, foi “O futuro
da Igreja na África”. (CM)