2011-07-27 12:45:18

JESUÍTAS PEDEM AJUDA PARA INCREMENTAR AÇÃO NO CHIFRE DA ÁFRICA


Roma, 27 jul (RV) - O Serviço Jesuíta para os Refugiados (JRS) quer estender sua atuação junto aos refugiados somalis na Etiópia e no Quênia.

Neste sentido, divulgou seus planos para incrementar as atividades já em andamento e para criar novos serviços na Etiópia:

“Há anos, assistimos os refugiados somalis e conhecemos suas exigências. Estamos nos preparando para ajudar um número sempre maior de pessoas traumatizadas e fazer com que elas voltem à normalidade. No entanto, as verbas à nossa disposição estão acabando e pedimos a todos que nos ajudem como puderem” – é o que diz o diretor do JRS para a África Oriental, Pe. Frido Pflueger SJ.

Segundo o JRS, na Somália a crise instalada se deve a três fatores: a seca pelo clima extremo, a falta de um governo central que funcione e a incapacidade das agências de ajuda em entrar no centro e no sul da Somália, áreas controladas por milícias de al-Shabab. Combinados, eles geraram o aumento dos preços dos alimentos em toda a região, causando perdas devastadoras na população já vulnerável.

Em nota publicada no site do JRS, o diretor explica que o projeto concreto de atuação consiste em estender a atenção aos refugiados do acampamento de Dollo Ado, na Etiópia, e o Quênia anunciou recentemente a ampliação de um para três acampamentos em Dadaab para os novos refugiados.

Em ambos os países, o JRS realiza iniciativas de ajuda. Na Etiópia, atende hoje 4 mil refugiados em Addis Abeba. No Quênia, são 100 mil somalis atendidos em Nairóbi e no acampamento de Kakuma, especialmente mulheres vítimas da violência.

O Serviço acolhe também famílias que fogem, temendo que seus filhos sejam recrutados à força ou mutilados, quando se opõem. Pe. Pflueger conta o caso de um jovem de 16 anos a quem foi amputada uma mão por ter se recusado a ingressar no grupo rebelde al-Shabaab.

O SRJ atua em mais de 50 países no mundo. A organização conta com um quadro de mais de 1200 pessoas, entre pessoal leigo, jesuítas e outros religiosos, que juntos se esforçam para dar uma resposta às exigências educativas, sociais, de saúde e outras, a 500.000 refugiados e deslocados, metade dos quais, mulheres.

O serviço oferecido prescinde de raça, origem étnica ou crença religiosa dos assistidos.
(CM)








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