JESUÍTAS PEDEM AJUDA PARA INCREMENTAR AÇÃO NO CHIFRE DA ÁFRICA
Roma, 27 jul (RV) - O Serviço Jesuíta para os Refugiados (JRS) quer estender
sua atuação junto aos refugiados somalis na Etiópia e no Quênia.
Neste sentido,
divulgou seus planos para incrementar as atividades já em andamento e para criar novos
serviços na Etiópia:
“Há anos, assistimos os refugiados somalis e conhecemos
suas exigências. Estamos nos preparando para ajudar um número sempre maior de pessoas
traumatizadas e fazer com que elas voltem à normalidade. No entanto, as verbas à nossa
disposição estão acabando e pedimos a todos que nos ajudem como puderem” – é o que
diz o diretor do JRS para a África Oriental, Pe. Frido Pflueger SJ.
Segundo
o JRS, na Somália a crise instalada se deve a três fatores: a seca pelo clima extremo,
a falta de um governo central que funcione e a incapacidade das agências de ajuda
em entrar no centro e no sul da Somália, áreas controladas por milícias de al-Shabab.
Combinados, eles geraram o aumento dos preços dos alimentos em toda a região, causando
perdas devastadoras na população já vulnerável.
Em nota publicada no site do
JRS, o diretor explica que o projeto concreto de atuação consiste em estender a atenção
aos refugiados do acampamento de Dollo Ado, na Etiópia, e o Quênia anunciou recentemente
a ampliação de um para três acampamentos em Dadaab para os novos refugiados.
Em
ambos os países, o JRS realiza iniciativas de ajuda. Na Etiópia, atende hoje 4 mil
refugiados em Addis Abeba. No Quênia, são 100 mil somalis atendidos em Nairóbi e no
acampamento de Kakuma, especialmente mulheres vítimas da violência.
O Serviço
acolhe também famílias que fogem, temendo que seus filhos sejam recrutados à força
ou mutilados, quando se opõem. Pe. Pflueger conta o caso de um jovem de 16 anos a
quem foi amputada uma mão por ter se recusado a ingressar no grupo rebelde al-Shabaab.
O SRJ atua em mais de 50 países no mundo. A organização conta com um quadro
de mais de 1200 pessoas, entre pessoal leigo, jesuítas e outros religiosos, que juntos
se esforçam para dar uma resposta às exigências educativas, sociais, de saúde e outras,
a 500.000 refugiados e deslocados, metade dos quais, mulheres.
O serviço oferecido
prescinde de raça, origem étnica ou crença religiosa dos assistidos. (CM)