Brasília, 27 jul (RV) - Nesta segunda-feira, 25, realizou-se na sede do Programa
de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD), a reunião plenária do Movimento “Brasil
sem Pobreza”, que reuniu 63 entidades da sociedade civil. O secretário executivo do
Mutirão pela Superação da Miséria e da Fome, Padre Nelito Dornelas, representou a
Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB.
Na
reunião, foi apresentado o documento final, fruto de construção coletiva, no qual
se destacam a Visão, a Missão e os Objetivos do Movimento.
De acordo com o
documento, o “Movimento é uma rede de organizações e pessoas da sociedade civil articuladas
para acabar com a miséria extrema de 16,2 milhões de brasileiros”. Sua missão “é promover
a articulação entre os diversos atores envolvidos no desafio de erradicar a miséria
no país, envolvendo governo, empresas, usuários e a sociedade civil organizada”.
Já
os objetivos são “transformar os empobrecidos, com organização e educação, para que
sejam autores de sua própria história. Facilitar e articular a aplicação das políticas
públicas, garantindo a participação ativa da sociedade civil nos processos decisórios”.
O
Movimento Brasil sem Pobreza foi constituído pela sociedade civil em 15 de março de
2011, como proposta da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip)
União Planetária, com objetivo especifico de erradicar a miséria e de apoiar as políticas
públicas.
Ainda na segunda-feira (25), durante lançamento do programa “Brasil
sem Miséria” no Nordeste, em Arapiraca (AL), a ministra do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome, Tereza Campelo, anunciou que o governo federal quer identificar
e retirar da exclusão cerca de 800 mil famílias pobres que ainda não recebem o programa
Bolsa Família no país.
Segundo estimativas do governo, além dessas famílias
- que estão excluídas do cadastro único de assistência social - outras 145 mil pessoas
idosas ou deficientes não recebem benefícios de prestação continuada do governo e
também serão buscadas pelas autoridades.
As famílias citadas pela ministra
estão fora de todos os cadastros e, em muitos casos, não possuem sequer documentação.
Mutirões para retirada de documentos serão realizados. Entretanto, a Presidente
Dilma Rousseff afirmou que o Brasil sem Miséria terá diferentes atuações nas regiões,
e por isso haverá planos regionais. Para ela, essa é a receita do sucesso do programa
lançado.
“A miséria rural é diferente da miséria urbana. Há vários cenários,
vamos tratar cada um deles com diferença, e nós precisamos da parceira dos prefeitos.
Eles serão os grandes protagonistas”, disse. (CM)