2011-07-25 20:19:53

CELEBRADAS EXÉQUIAS DO CARDEAL ŚWIĄTEK: "TESTEMUNHA DA FÉ EM MEIO A PERSEGUIÇÕES"


Minsk, 25 jul (RV) - Um "atleta de Deus" que jamais cessava de ser testemunha do Evangelho, mesmo nas perseguições: com essas palavras, o Arcebispo de Minsk-Mohilev, na Belarus, Tadeusz Kondrusiewicz, recordou, na manhã desta segunda-feira, o testemunho de fé dado em sua vida pelo Cardeal Kazimierz Świątek, morto quinta-feira passada, dia 21, aos 96 anos.

O Arcebispo Kondrusiewicz fez a homilia das exéquias, presididas pelo Arcebispo de Cracóvia (Polônia), Cardeal Stanislaw Dziwisz. O rito fúnebre foi celebrado na catedral da cidadezinha bielo-russa de Pinsk, onde repousarão os restos mortais do purpurado.

Nascido na Estônia, com apenas três anos o Cardeal Świątek fora deportado para a Sibéria com a mãe, um irmão e uma irmã. Fora ordenado sacerdote em Pinsk, em 8 de abril de 1939 e fora encarregado de desempenhar a função de capelão militar para o exército polonês.

Após a chegada da Armada Russa foi encarcerado, condenado à morte e depois libertado pela população local; sendo posteriormente novamente detido e condenado a trabalhos forçados durante dez anos nos gulags na Sibéria, onde trabalhava nas minas e celebrava escondido a Eucaristia.

Libertado em 1954, tornou-se pároco da catedral de Pinsk e ali – recordou o Arcebispo Kondrusiewicz – "prosseguiu sempre o seu trabalho pastoral em meio a dificuldades e obstáculos criados pelo regime comunista", até 1989.

Em 29 de outubro de 1990 foi recebido pelo Papa João Paulo II, que o chamou de "homem legendário". Em 1991 nomeou-o Bispo de Pinsk e, mais tarde, Arcebispo de Minsk-Mohilev e, em 1994, não obstante a idade avançada, elevou-o à dignidade cardinalícia.

Foi Presidente da Conferência Episcopal Bielo-russa, de 1999 a 2006. Em 2004 João Paulo II entregou-lhe, pessoalmente, o Prêmio "Testemunha da fé".

O Arcebispo Kondrusiewicz exortou os fiéis a "não encerrarem o testemunho do Cardeal Świątek num relicário de ouro", mas a olharem nos dias de hoje para o seu exemplo, em tempos "caracterizados não por perseguições, mas por relativismo moral e indiferença religiosa". (RL)







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