Faleceu neste domingo em Roma o card. Virgílio Noé, arcipreste emérito da basílica
de São Pedro
Natural de Pavia, tinha 89 anos. Ordenado padre em 1944, naquela diocese do norte
da Itália, frequentou em Roma, a Universidade Gregoriana, licendiando-se em História
da Igreja, matéria que lecionou, juntamente com Patrologia, Liturgia e História da
Arte, no Seminário Maior de Pavia. Chamado a Roma pela Conferência Episcopal Italiana
em 1964, foi encarregado de reorganizar o respetivo Centro Litúrgico Pastoral. Deu
grande impulso às Semanas Litúrgicas nacionais e a cursos de atualização (na liturgia
pós-conciliar) em muitas dioceses italianas. Neste período, lecionou a cadeira de
História da Arte no Instituto Litúrgico de Santo Anselmo. Em 1969, Paulo VI nomeou-o
subsecretário da nova Congregação apra o Culto Divino, que devia assegurar a aplicação
pastoral da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II. Em 1970, foi nomeado Mestre
das Cerimónias Pontifícias. Em 1982 é nomeado por João Paulo II Secretário da
Congregação para os Sacramentos e Culto Divino, sendo ordenado bispo. Em 1991 – ano
em que foi criado cardeal – assumiu funções de Vigário Geral do Papa para o Estado
da Cidade do Vaticano, arcipreste da basílica de São Pedro e presidente da Fábrica
de São Pedro, funções que deixou, por limite de idade, em 2002. O Colégio cardinalício
conta agora com 195 purpurados, 114 dos quais eleitores num eventual Conclave. Os
cardeais italianos passam a ser 45, 22 dos quais não-eleitores, tendo superando os
80 anos.