2011-07-22 11:50:47

SANTA SÉ NA ONU: DETER TRÁFICO DE ARMAS


Nova York, 22 jul (RV) - "As armas não podem ser tratadas como uma mercadoria qualquer" – foi o que disse a delegação da Santa Sé na ONU, em Nova York, recordando o alto custo em termos de vidas humanas causado pelo tráfico de armas.

Formada pelo Observador Permanente da Santa Sé na ONU, em Nova York, Dom Francis Chullikatt, pelo especialista vaticano em questões de desarmamento, Mons. Mauro Cionini, e pelo membro da seção Relações com os Estados da Secretaria de Estado, Sr. Paolo Conversi, a delegação participou da sessão da ONU de preparação do Tratado sobre o Comércio de Armas que deverá ser votado numa conferência prevista para 2012.

"A proliferação de qualquer tipo de arma incentiva guerras locais, violência urbana e mata a cada dia várias pessoas no mundo. A comunidade internacional deve adotar com urgência um instrumento legal contra o tráfico de armas com modelos reconhecidos e aprovados no âmbito internacional. Os sofrimentos, conflitos, desordens, violações dos direitos humanos, crises humanitárias, crimes, violência e medo são as conseqüências dos lucros irresponsáveis obtidos com esse tráfico" – sublinhou a delegação.

Dom Chullikatt, em nome da Santa Sé, evidenciou ainda outros efeitos como o "impacto negativo do tráfico de armas sobre as condições de mulheres e crianças e também as conseqüências em termos de redução do desenvolvimento integral dos povos".

A Santa Sé encoraja o processo que a ONU está levando adiante desde 2006 em favor da adoção de um Tratado sobre o Comércio de Armas até 2012, que promova critérios vinculantes para regularizar o comércio de armas e munições, como também o comércio de instrumentos tecnológicos para a sua produção.

A delegação sublinhou a necessidade da assistência às vítimas das armas, a salvaguarda da vida humana e a construção de um mundo que respeite a dignidade humana e não somente coloque fim ao tráfico de armas. (MJ)







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