CARDEAL NICARAGUENSE ENALTECE AÇÃO SOCIAL DO GOVERNO
Manágua, 20 jul (RV) – O cardeal nicaragüense Miguel Obando y Bravo elogiou
ontem a obra social do governo presidido pelo sandinista Daniel Ortega, que em novembro
vai tentar a reeleição.
“Felicito o governo do Presidente Daniel Ortega e a
coordenadora do Conselho de Comunicação e Cidadania, Rosario Murillo, pelo trabalharam
que realizaram neste mandato” – disse em discurso na Praça da Fé João Paulo II, abrindo
as celebrações pelos 32 anos da revolução que derrubou a ditadura de Somoza.
O
arcebispo de Manágua, que preside a Comissão de Verificação, Reconciliação, Paz e
Justiça do governo de Ortega, disse que teve a oportunidade de visitar nos últimos
meses grande parte do território nacional e de constatar pessoalmente as obras realizadas
em várias províncias, seja nas cidades como no campo.
“Vimos novos hospitais,
clínicas e centros de saúde em povoados que nunca tiveram acesso a postos de saúde”
– assegurou, destacando que hoje, “os camponeses nicaraguenses dispõem de cuidados
médicos”.
“Também se deu importância à educação, construindo e modernizando
escolas e institutos de formação para os jovens que serão, no amanhã, a esperança
de nossa nação” – acrescentou.
Ontem, a capital comemorou os aniversários do
triunfo da Revolução Popular de 1979 e os 50 anos da fundação da Frente Sandinista
de Libertação Nacional (FSLN), acontecimentos que marcaram o fim de quatro décadas
de ditadura somozista e abriu novos horizontes de esperanças para os nicaraguenses.
Nas
eleições presidenciais de novembro, Ortega buscará a reeleição frente a uma oposição
fragmentada em quatro frentes. Ele apresenta sua candidatura a um segundo mandato
consecutivo depois que magistrados sandinistas do Supremo Tribunal de Justiça declararam
inaplicável a norma constitucional que proíbe a reeleição imediata. Atualmente, lidera
as pesquisas de opinião pré-eletorais.
No total, 3,3 milhões de nicaraguenses
estão habilitados para em 6 de novembro escolher seu presidente, vice-presidente,
90 deputados da Assembleia Nacional e 20 do Parlamento Centro-Americano. (CM)