Buenos Aires, 19 jul (RV) – A comunidade eclesial argentina está convidada
a “considerar o migrante não apenas como alguém obrigado a viver em condições de vulnerabilidade,
mas como um sujeito forte, com uma cultura própria, que pode ser valorizada para o
bem de toda a sociedade e da Igreja”.
O apelo foi feito pelos delegados da
pastoral migratória, que se encontraram nos últimos dias na capital. Em seu pronunciamento,
Dom Rubén Oscar Frassia, presidente da comissão episcopal para migrações e turismo,
pediu aos participantes que ofereçam oportunidades de integração social e espiritual
aos migrantes, refugiados e vítimas do tráfico de seres humanos.
O bispo de
Avellaneda-Lanús revelou ainda que os obstáculos da burocracia acabam por impedir
aos migrantes de se estabelecer no país. “Uma sociedade que se define ‘desenvolvida’
sabe aceitar a reciprocidade e a convivência pacífica” – disse.
Dirigindo-se
aos delegados, ele pediu um maior envolvimento do clero, das paróquias e da Igreja
em geral para unificar e reforçar o trabalho e as atividades das equipes diocesanas
engajadas nesta pastoral.
“Também é preciso promover o conhecimento da lei
e suas aplicações práticas, principalmente entre os funcionários públicos, que muitas
vezes não concedem aos migrantes os direitos garantidos pela lei” – reiterou o presidente.
(CM)