2011-07-19 19:09:08

ARCEBISPO PAKIAM: ESPERANÇAS DA IGREJA NA MALÁSIA, APÓS ENCONTRO DO PREMIER RAZAK COM BENTO XVI


Kuala Lumpur, 19 jul (RV) - "A voz da moderação – o Premier malaio Najib Razak – encontrou a voz da paz, da justiça, dos direitos humanos, e da fé na razão, que é o Santo Padre Bento XVI. Estou muito feliz por esse encontro e por seus êxitos, e espero que possa trazer frutos abundantes. Faço votos de que possa ter uma ampla repercussão positiva também em nosso país."

Com essas palavras, o Arcebispo de Kuala Lumpur, Dom Murphy Pakiam, comentou à agência missionária de notícias Fides, o encontro desta segunda-feira entre o Papa e o Primeiro-ministro da Malásia, ao término do qual a Santa Sé e a Federação da Malásia anunciaram o estabelecimento de relações diplomáticas.

O Arcebispo, que participou do encontro e foi um dos mediadores que permitiu a realização desse histórico passo, frisou a cordialidade do clima entre a delegação vaticana e a delegação malaia, recordando que o Premier apresentou o seu plano para um "Movimento global dos moderados".

No que concerne à Igreja local, a mesma "olha com esperança e confiança para o futuro", acreditando num contínuo melhoramento nas relações institucionais.

Entre as necessidades e pedidos da comunidade cristã ao executivo de Kuala Lumpur, "encontra-se o da instituição de um Conselho Inter-religioso (projeto já iniciado); da instituição de um ministério para os não-muçulmanos; o do exame da questão da educação e das escolas católicas que, com o passar dos anos, foram nacionalizadas pelo governo, que assumiu o seu controle: a Igreja pede para voltar a ser protagonista da formação dos jovens e para poder dedicar as suas energias no campo da educação de qualidade".

São muitas as esperanças e as expectativas da comunidade católica na Malásia e as reações foram muito positivas, embora os problemas espinhosos permaneçam: a questão do uso do termo "Allah" para os não-muçulmanos (está em andamento uma batalha jurídica); a tutela dos direitos humanos e da liberdade religiosa de todos os cidadãos, sem nenhuma discriminação; e a presença de cortes islâmicas e de correntes integristas de pensamento e de jurisprudência islâmica, que tendem a controlar e impor limitações à vida de toda a população malaia. (RL)







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