2011-07-18 13:34:16

ATUAÇÃO DA CARITAS NO CHIFRE DA ÁFRICA


Roma, 18 jul (RV) – O Chifre da África, para quem o Santo Padre lançou um apelo no Angelus deste domingo, está atravessando a pior seca dos últimos 60 anos. Os países mais atingidos são Somália, Quênia, Etiópia e Gibuti. Ao mesmo tempo, algumas áreas, entre as quais algumas onde ficam campos de refugiados, são arrebatadas por chuvas torrenciais. Sobre o apoio da Igreja à região, a Rádio Vaticano conversou com o responsável da sessão internacional da Caritas Italiana, Paolo Beccegato.

Ele explicou que a assistência às populações atingidas está sendo feita para cobrir todas as necessidades primárias, ou seja, água, alimentos, saúde e ainda suporte para os deslocamentos. “O trabalho é muito complexo e envolve diversos países, além da criação de uma rede entre as Caritas, e isso faz com que tudo fique mais complexo e complicado”, ressaltou.

A Caritas italiana atua no Chifre da África há 20 anos, conforme informou Beccegato, principalmente na Somália, Gibuti, Quênia, Etiópia e Eritréia. Este último, aliás, é o único país além da Somália a não estar nem mesmo na lista das Nações Unidas para o desenvolvimento humano, pois sequer existem dados relativos à pobreza. “São países muito problemáticos – afirmou – exatamente porque quando acontece algo de grave (além dos problemas já existentes), não têm a capacidade de responder às necessidades da população”.

Por isso a Caritas chama a atenção para os problemas de mudanças climáticas e seu impacto negativo, especialmente para os mais pobres. Entre os problemas citados, o superaquecimento global e a produção de alimentos – estes, que, aliás, não atingem somente a África, mas também fortemente a Ásia central, a Austrália e a América Latina.

Becceggato sublinhou ainda outro fenômeno, para o qual também Bento XVI alertou, que é o da especulação financeira com os preços dos alimentos. E isso – disse ele - está relacionado a tudo o que ocorre ainda no norte da África: “existe uma série de fatores inter-relacionados, cujos detalhes devem ser estudados para que se evite o drama de milhões de pessoas”. (ED)








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