Cidade do México, 14 jul (RV) - A Pastoral Carcerária da Conferência Episcopal
Mexicana (CEM) anunciou que o trabalho dos agentes pastorais católicos nas prisões
do país está cada vez mais difícil por causa da perigosa situação nos cárceres.
Segundo
os bispos, os agentes da Pastoral Carcerária denunciaram corrupção, tortura, superlotação
e maus-tratos perpetrados nas prisões e depois foram impedidos pelas autoridades de
continuarem seus trabalhos nos cárceres.
"A situação fica ainda mais complicada
porque as características dos presos mudaram. Agora nós temos de combater o crime
organizado, os cartéis de drogas que tomaram conta das prisões e continuam agindo
de lá, além do problema da superlotação, estruturas precárias e a falta de programas
de reabilitação para os presos" – frisou o diretor da Comissão da Pastoral Carcerária
da CEM, Pedro Arellano.
De 18 a 22 deste mês, a Pastoral Carcerária realizará
sua 33ª Assembleia Nacional, em Tabasco, onde os mais de 1.000 agentes dessa pastoral
analisarão a realidade das prisões mexicanas sob o lema "Discípulos em comunhão".
"Infelizmente, as prisões no México não são centros de reabilitação de presos,
mas centros onde aumenta o crime", disse Arellano.
A Igreja Católica mexicana
trabalha em 482 das 489 prisões no país, onde vivem mais de 220 mil detentos. Cerca
4 mil agentes pastorais visitam as prisões mexicanas pelo menos uma vez por semana.
(MJ)