Novo bispo de Coimbra promete colaboração com autoridades e sociedade civil. D. Virgílio
Antunes espera Igreja renovada, deixando palavras de esperança para os pobres e desempregados
(11/7/2011) Em Portugal o novo bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, prometeu neste
domingo colaboração com as autoridades locais e a sociedade civil, durante a cerimónia
de entrada solene na diocese. “Precisamos de ir ao encontro dos pobres, dos desempregados,
dos perdidos nos fossos cavados por si mesmos ou pela sociedade, para lhes levar o
conforto da confiança no futuro e o primeiro auxílio para as necessidades materiais”. O
prelado, nomeado por Bento XVI a 28 de abril, tinha centrado a sua homilia, proferida
durante a missa, na necessidade de a Igreja se fazer ouvir num mundo que “apesar da
sua originária matriz cristã, está muito longe de Cristo nos seus valores e nos seus
horizontes de realização”. “Reconhecemos que é necessário um novo ardor em nós,
pois, a tarefa da Igreja está dificultada pela cultura ambiente e por um conjunto
de preconceitos anticristãos”, alertou. Nesse contexto, o antigo reitor do Santuário
de Fátima defende que “a Igreja tem de ensaiar uma nova maneira de estar no mundo,
precisa der sair, de ir ao encontro dos homens onde quer que eles estejam”. D.
Virgílio Antunes indicou que a sua missão “passa fundamentalmente pelo anúncio”, descobrindo
“os caminhos da nova evangelização a que a Igreja tem dado tanto relevo, sobretudo
nestas últimas décadas, e na qual quer investir tantos dos seus esforços no presente”. “Ao
contrário do que acontecia há dois mil anos, quando a dimensão religiosa fazia parte
integrante da experiência quotidiana, estamos num tempo em que os horizontes se projetam
noutras direções”, referiu. O bispo de Coimbra pediu aos católicos “abertura ao
mundo e aos outros, sem complexos nem temores”, declarando ser “urgente ir ao encontro
dos que estão adormecidos na sua fé, dos que perderam o sentido da existência em virtude
da dureza das circunstâncias em que se encontram”.