MISSIONÁRIO COMBONIANO: SITUAÇÃO NA REGIÃO SUDANESA DE DARFUR
Juba,
11 jul (RV) - O Sudão do Sul tornou-se oficialmente independente, no último sábado,
com a cerimônia oficial realizada em Juba, capital, que sancionou o nascimento do
54° país africano.
Neste domingo, foi celebrada a missa solene na Catedral
de Kator, que contou com a participação da delegação oficial enviada pelo Papa, que
desejou paz e prosperidade ao Sudão do Sul.
A delegação foi conduzida pelo
Arcebispo de Nairóbi e Presidente da Conferência Episcopal do Quênia, Cardeal John
Njue, e integrada pelo Núncio Apostólico no Sudão, Dom Leo Boccardi, e pelo Secretário
da Nunciatura Apostólica no Quênia, Mons. Havier Herrera Corona.
O Arcebispo
de Juba, Dom Paulino Lukudu Loro, o Arcebispo de Nairóbi, Cardeal John Njue e muitos
outros representantes da Igreja Católica na África participaram da celebração eucarística
na catedral.
As dioceses do país tocaram os sinos acolhendo o Dia de Ação de
Graças e recordando as pessoas que morreram ao longo da guerra civil que durou duas
décadas.
Apesar dos duros enfrentamentos que no mês de junho devastaram o
Kordofan do Sul e os milhares de desabrigados, privados de assistência adequada em
Darfur e Abyei, o Bispo de Rumberk, Dom Cesare Mazzolari, destacou a grande esperança
e o entusiasmo vivido pelo povo do Sudão do Sul.
Dom Mazzolari, há 30 anos
em missão no Sudão, foi testemunha de grande parte deste processo, colocando-se ao
lado dos mais pobres e esquecidos, lutando para que lhes chegassem assistência médica
e programas de desenvolvimento. Segundo estimativas da ONU, a guerra civil deixou
um saldo de cerca de 30 mil mortos e milhões de refugiados.
O missionário comboniano
Pe. Raimundo Nonato Rocha dos Santos, que atualmente mora e trabalha em Leer, no Sudão
do Sul, conversou conosco sobre a atual situação da região sudanesa de Darfur, abalada
pela guerra civil. (MJ)