Igreja debate trabalho a desenvolver em tempo de mudança, no âmbito das migrações
(11/7/2011) O papel da religião no acolhimento dos imigrantes está a ser debatido
entre hoje e terça-feira, num encontro que decorre no Instituto Superior de Economia
e Gestão (ISEG), em Lisboa. ‘Instituições Religiosas e Comunidades Migrantes’ é
o tema deste congresso, que reúne especialistas de várias áreas e debate tanto a questão
dos portugueses que partem para outros países, como a dos que procuram uma nova vida
em Portugal. Em declarações à RR, o padre Rui Pedro, missionário scalabriniano
e antigo diretor da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM), alerta para a necessidade
de acompanhar uma nova vaga de emigrantes. “Temos uma nova vaga de imigrantes portugueses
para o estrangeiro e é preciso despertar a Igreja portuguesa para os acompanhar. Neste
momento os portugueses estão a fixar-se em sítios onde não há missões portuguesas,
como em Inglaterra, há que pensar em novas formas de acompanhar os portugueses que
estão a partir, com novo perfil”, alerta. O atual diretor da OCPM, frei Francisco
Sales Diniz, afirmou, por seu lado, que em tempos de crise é essencial manter as estruturas
de apoio aos imigrantes. “É importante manter as estruturas, que já temos, e penso
que a nível do orçamento, nesta questão, o saldo que existe é sempre mais positivo
do que aquilo que o Estado investe. Os cortes não devem ser por aí”, enfatiza. A
conferência «Instituições Religiosas e Comunidades Migrantes. Práticas de Intervenção
e Perspetivas Futuras» decorre no ISEG, em Lisboa, até ao final da manhã desta terça-feira. O
director da Obra Católica Portuguesa das migrações, apresenta esta iniciativa.