DENÚNCIA: CRIANÇAS REFUGIADAS EM LAMPEDUSA VIVEM EM CONDIÇÕES PRECÁRIAS
Roma, 05 jul (RV) – Na ilha italiana de Lampedusa, a situação das crianças
refugiadas do norte da África está cada vez pior, denuncia a Organização Não Governamental
Save the Children. Os menores migrantes desacompanhados estão instalados nos centros
de acolhimento da ilha, onde a situação, segundo a ONG, é de superlotação, as condições
higiênicas são péssimas e não há espaço recreativo.
As próprias crianças lançaram
um apelo às instituições, para que se possa encontrar uma realocação diversa para
elas. A Rádio Vaticano entrou em contato com a coordenadora da Save the Children na
região, Viviana Valastro. Ela recordou que essas crianças precisam ser transferidas
para postos de acolhimento temporários específicos para crianças, os quais estão espalhados
pelo território italiano.
Ela explicou ainda que os adultos que chegam são
realocados em 48 horas para outros centros fora da ilha, mas que isso não acontece
com as crianças desacompanhadas – elas vêm principalmente da Líbia e, em fevereiro,
vinham da Tunísia. O problema se agrava porque o centro de acolhimento de Lampedusa
é específico para adultos, e tem somente 60 lugares para menores. Porém, a cada embarcação
que chega trazendo os refugiados, 10% são crianças desacompanhadas, que vão sendo
alocadas ali.
A Organização pede vontade política e colaboração de todas as
instituições competentes para que estes menores sejam abrigados nos centros adequados,
em caráter temporário, pelo período necessário para que se encontrem vagas em comunidades
de acolhimento para menores. (ED)