2011-06-30 13:47:53

EXPERIÊNCIA BRASILEIRA EM FAVOR DA AGRICULTURA AFRICANA


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Roma, 30 jun (RV) - Soluções para desenvolver e modernizar a agricultura na África. Esse foi o tema principal de um encontro que aconteceu em Roma, proposto pelo governo brasileiro, dentro das atividades paralelas da Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, a FAO. Os Chefes de Estado da África foram convidados especiais.

Entre os projetos que já estão implementados e funcionando, destaque para o projeto Prosavana, em Moçambique, que desde abril deste ano beneficia os agricultores no corredor de Nacala. De acordo com o Vice-Ministro da Agricultura de Moçambique, António Limbau, com a recente aprovação do Plano Estratégico de Desenvolvimento Agrário, será possível estender o Prosavana para outros seis importantes corredores produtivos de Moçambique.

“Esta que é a perspectiva do governo de Moçambique a fazer uma intervenção focalizada que se baseia na capacidade técnica, que neste caso é a investigação, que vai ser fortalecida com nossos parceiros brasileiros, nesse caso tecnicamente, com a EMBRAPA”.

Contudo, António Limbau destaca que um dos setores que deve receber maior atenção é o do agroprocessamento.

“Precisamos desenvolver essa capacidade de processamento, de conservação, não só para que o produtor produza pra si, mas também para produzir para outros, alimentar em nível nacional como também para aumentar a capacidade de exportação. De fato, temos agora produtores que que precisam produzir mais. Mas eles tem que ter condições cada vez mais apropriadas para a comercializar a produção. Depois, melhorar a qualidade e, por fim, poderem processar para que em tempos de escassez as mercadorias possam circular dentro do país".

Por outro lado, o Ministro da Agricultura de Guiné Bissau, Banjar Bacar, revelou que o país tem ido buscar capacitação no vizinho Senegal, onde o Brasil tem um programa de cooperação técnica para desenvolver a rizicultura. Entretanto, para o Ministro, o mais importante agora é usar o exemplo brasileiro e modernizar a atividade da agricultura familiar, que representa 99% de toda a produção da Guiné Bissau.

“Nós pensamos que a abordagem tem que ser outra na Guiné Bissau, temos que ter primeiro um Estado forte, isso quer dizer que o Estado tem que manter as suas mãos na agricultura, sendo um setor eleito como prioritário. Por isso, neste momento, nós investimos em maquinário que vão ajudar os camponeses a revirar as terras. Penso que com essa abordagem poderemos começar a ter produções bastante significativas e que mais tarde poderemos, talvez, passar uma parte das nossas ações ao setor privado, às cooperativas e a sociedade civil em geral”. (RB)







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