Cidade do Vaticano, 29 jun (RV) - A palavra iniciação significa “levar para
dentro”, que causa modificação, transformação e mudança total na vida da pessoa. Aqui
estamos falando do papel da catequese na sua missão e na caminhada pastoral da Igreja
nos novos tempos.
O processo acontece através de ritos que envolvem os iniciantes,
levando a ruptura com o passado de estruturas infecundas, indiferentes e até prejudiciais
para uma vida cristã mais libertadora e comprometida. Isto supõe enfrentamento e coragem
para mudar.
O batismo é sacramento iniciático, de superação da falta original,
assumindo novo contexto de vida e de abertura para a graça de Deus. É uma via que
supõe formação, consciência clara do que está recebendo, vendo no sacramento um mistério
de Deus.
Além do batismo, temos a eucaristia e a confirmação formando os sacramentos
de iniciação à vida cristã. Eles são recebidos precedidos por uma catequese de inserção
e de compromisso para com a vida de fé e a vida concreta na comunidade.
São
fundamentais os passos que vão acontecendo na vida do cristão. São marcas sinalizadas
pelas diversas celebrações, os símbolos, os sinais sensíveis, com a cruz na fronte,
nos ouvidos, nos olhos, na boca, no peito e nos ombros de cada catequizando.
Um
aspecto bonito é o da mistagogia, a introdução da pessoa no mistério e na vida de
Deus. Com isto, o catequizando experimenta a alegria de ser amado e querido pelo Senhor
da Vida. Revela que Deus acompanha os seus filhos na construção de sua história.
O
engajamento na vida da comunidade é fruto de tudo isto. É a descoberta do valor e
dos dons que Deus concede a cada um de nós, a uns mais e a outros menos, dons que
devem ser colocados em prática. O importante é não ficar na omissão e infecundidade.
Tudo
deve começar com a vivência de Jesus Cristo no prisma da missão. Temos muito a fazer
na construção do Reino de Deus. São Paulo declara: “Ai de mim se eu não evangelizar”.
Ai de nós catequistas e iniciados no processo sem fazer nada. Mãos à obra.
Dom
Paulo Mendes Peixoto Bispo de São José de Rio Preto