Roma, 28 jun (RV) – Desde 9 de julho, após o referendo realizado em 9 de janeiro,
oficialmente o Sudão do Sul foi desmembrado do governo de Khartoum, tornando-se um
Estado autônomo. Entretanto, isso não representou o fim dos conflitos na região. A
situação se agravou progressivamente, com confrontos cada vez mais intensos na área
da fronteira entre os dois países. Ainda não é possível precisar o número de vítimas,
mas cerca de 60 mil pessoas estão em fuga por causa de ataques, incêndio em vilarejos,
violação dos direitos humanos, execuções sumárias e bombardeamentos aéreos.
O
Bispo Auxiliar de El Obeid, diocese mais atingida pelos últimos ataques, Dom Michael
Mangora, diz que a "guerra deve terminar imediatamente. A população está sofrendo
demais. A comunidade internacional deve fazer tudo para que a paz retorne à região".
Por isso, os bispos sudaneses lançaram um apelo à paz e realizarão uma novena, programada
para amanhã.
A Caritas da Itália se une às orações pela paz promovida pelos
bispos locais e intensifica a ajuda à Caritas Sudão. Em colaboração com a rede internacional
Caritas está sendo programado um plano de ajuda de emergência em todo o país, voltado
às pessoas que se deslocam do norte para o sul e, em particular, aos mais necessitados:
mulheres, crianças e idosos. (RB)