Cidade
do Vaticano, 26 jun (RV) - A liturgia de hoje propõe à nossa reflexão, uma história
muito bonita. O rico, que sempre é malvisto por causa de suas atitudes, no relato
de hoje, tem uma atitude belíssima, de profunda fé e grande despojamento.
Uma
mulher rica, mas estéril, habitante em uma região onde se adorava um deus pagão, patrono
das pessoas desejosas de ter filhos, não sedeixa contaminar com essa religião. Ao
contrário, ela, depois de hospedar inúmeras vezes o Profeta Eliseu, um grande defensor
de Javé, pede a seu marido construir, em sua casa, um quarto confortável para que
o profeta pudesse descansar, quando viesse em missão.
Esse pedido, faz com
que a ajuda ao profeta fosse algo que envolvesse sua família. Ela poderia ter pedido
uma grande quantia para dar de ajuda ao profeta. Ele receberia, ficaria grato e iria
embora; mas ela não pensa assim. Ela desejou hospedá-lo em sua casa, além do conforto,
quis dar-lhe afeto, o carinho de uma família.
A mulher, cujo nome não sabemos,
além de permanecer fiel a Deus tem a iniciativa de participar na ação missionária
do profeta. Eliseu, cheio de gratidão, lhe anuncia que, apesar de ser estéril e de
seu marido, bastante idoso, será mãe.
Aquilo que certamente, mais desejava
na vida, ser mãe, e não pedira aos deuses, mas permanecera fiel a Javé, Ele a presenteia
para alegrar seu coração, tão generoso e fiel.
No Evangelho, Jesus retoma essa
questão da recompensa. Ele vê a generosidade em favor da missão. Ao mesmo tempo em
que o Senhor é exigente com seus enviados, ele diz que aquele que receber um missionário,
recebe ele, o Senhor e terá a recompensa como se a acolhida tivesse sido feita a ele,
Jesus. Não nos esqueçamos do recado que o Senhor nos deu a respeito de um gesto tão
simples que é dar um copo de água ao que tem sede.
Eis aí o sentido de uma
frase muito nossa, que repetimos frequentemente: “Deus lhe pague!” Não significa que
jogamos nas costas de Deus, as nossas dívidas, como jocosamente falamos, mas que somos
conscientes de que aquela pessoa, que nos socorreu naquela nossa necessidade, só poderá
receber, a altura, a retribuição do bem que nos fez, através do Senhor.
Não
façamos o bem pensando na recompensa. Ele deverá ser feito gratuitamente. Mas, ao
mesmo tempo, saibamos que o Senhor está atento à generosidade de nosso coração, para
nos retribuir com aquilo que é necessário para a plenitude de nossa felicidade. E
a plenitude de nossa felicidade é o AMOR, AMAR e SENTIR-SE AMADO. (CAS)