2011-06-24 14:40:54

Os cristãos do Médio Oriente são cidadãos, não estrangeiros: respeitar os seus direitos, foi o pedido do Papa no discurso á ROACO


(24/6/2011) As revoltas nos países árabes e a condição difícil dos cristãos na Terra Santa foram os temas principais desenvolvidos pelo Papa no discurso dirigida esta sexta feira no Vaticano aos membros da ROACO ( Reunião das Obras de Ajuda ás Igrejas Orientais) no final da sua assembleia plenária .
Na sua intervenção em várias línguas o Papa desejou paz e harmonia para os povos do Médio Oriente, reafirmando que os cristãos daquela região têm o direito de viver como concidadãos e não como estrangeiros. Precedentemente o Papa fora saudado pelo Cardeal Leonardo Sandri prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais.

No seu discurso Bento XVI quis antes de mais manifestar a sua proximidade aos cristãos da Terra Santa e da mais ampla região médio oriental particularmente provados.

Peço-vos que façais tudo o possível – exortou o Papa – interessando também as autoridades publicas com as quais tendes contactos a nível internacional, para que na região onde nascestes , os pastores e os fiéis em Cristo possam demorar não como estrangeiros, mas como concidadãos que testemunham Jesus Cristo como fizeram, antes deles, os santos do passado, também eles filhos das Igrejas orientais. É ali – disse – que são chamados ainda hoje a promover, sem fazer distinções, o bem de todos, através da sua fé.

“Uma dignidade igual – advertiu – e uma liberdade igual devem ser reconhecidas a todas as pessoas que professam a fé cristã, permitindo assim uma colaboração ecuménica e interreligiosa mais frutuosa.

O Papa não deixou de recordar, como sinal dos sofrimentos padecidos pelos cristãos orientais o terrível ataque terrorista á catedral síro- católica de Bagdade, em outro do ano passado, poucos dias depois do Sínodo dos bispos para o Médio Oriente. O Papa condenou de novo a insensatez daquele acto de violência, recordando ao mesmo tempo a fecundidade do sangue dos mártires .
Bento XVI dirigiu depois o seu pensamento á chamada primavera árabe no Norte de África e no Médio Oriente.

“Desejo – sublinhou o Papa –manifestar a minha proximidade aqueles que sofrem e a todos aqueles que desesperadamente procuram fugir, aumentando assim o fluxo de emigração que muitas vezes permanece sem esperança. Bento XVI exortou a fornecer a necessária assistência e pediu que todas as formas possíveis de mediação sejam usadas de maneira que a violência possa cessar e a harmonia social e a coexistência pacifica possam ser restabelecidas no respeito dos direitos de cada um e das comunidades.
O Papa salientou ainda que hoje a inteira comunidade católica caminha ao longo das sendas nada fáceis da historia, no meio de grandes pobrezas espirituais e materiais do mundo para oferecer a caridade de Cristo e da Igreja .
A caridade nunca acabará, diz o Apostolo Paulo, e é capaz de mudar os corações e o mundo com a força de Deus, semeando e despertando em todo o lado a solidariedade, a comunhão e a paz. São dons confiados ás nossas mãos frágeis, mas o seu desenvolvimento é seguro, porque a potencia de Deus actua precisamente na fraqueza, se soubermos abrir - nos á sua acção, se formos verdadeiros discípulos que procuram ser fiéis.
O Papa concluiu o seu discurso recordando que se aproxima a solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. Evento que este ano coincide com uma feliz efeméride.
Naquele dia irei dar graças ao Bom Pastor no 60 aniversario da minha ordenação sacerdotal. Estou muito reconhecido pela oração e os bons votos que me apresentastes. Peço-vos que partilheis a minha suplica ao Senhor da messe para que conceda á Igreja e ao mundo numerosos e ardentes operários do Evangelho








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