CARDEAL HUMMES, NOVO PRESIDENTE DA COMISSÃO PARA A AMAZÔNIA, ENTREVISTADO PELA RV
Cidade
do Vaticano, 24 jun (RV) - O Cardeal Claudio Hummes, Prefeito emérito da Congregação
para o Clero e Arcebispo emérito de São Paulo, acaba de ser nomeado Presidente da
Comissão Episcopal da CNBB para a Amazônia. Ao noticiar esta nova missão, entrevistado
por Cristiane Murray, Dom Claudio revelou:
“É um velho sonho, ainda de jovem
padre, quando desejava ser missionário na Amazônia. Depois, Deus na verdade me guiou
por outros caminhos: vim para Roma estudar filosofia, me doutorei, voltei, fui professor,
bispo em Santo André, enfim... toda essa caminhada, e a Amazônia continuava sendo
um de meus ‘amores’. Mas de fato, nunca consegui fazer por ela qualquer coisa de um
pouco mais significativo... Agora, como emérito, Deus fez ‘cair no meu colo’ assim,
de repente, este novo desafio. Agradeço a Deus e peço que me dê as luzes e a força
para fazê-lo bem, porque esta Comissão é realmente importante e ser seu Presidente
significa trabalhar para que realize aquilo que os bispos e também a Amazônia esperam
dela. Por isso, fiquei muito feliz.
Além do trabalho que já assumi na Arquidiocese
de São Paulo, que o Cardeal Odilo me confiou, o trabalho com o povo, como a pastoral
do mundo do trabalho, acompanhar os movimentos e novas comunidades, palestras, cursos
pelo Brasil afora, agora se acrescenta este trabalho em âmbito nacional praticamente,
em nome da CNBB, para a região da Amazônia.
A Comissão tem duas grandes finalidades:
uma é manter a Igreja, ou seja, os bispos espalhados pelo Brasil, interessados na
Amazônia, que não se esqueçam da Amazônia, e com eles, ver o que se pode fazer para
que a Igreja na Amazônia seja bem sustentada e assistida por nós como irmãos no Episcopado.
Esta é a primeira grande finalidade.
A segunda é a própria Igreja na Amazônia,
com tudo o que são seus grandes projetos, seu crescimento, suas alegrias e tristezas;
digamos, suas aspirações e suas carências. Além disso, é claro, é preciso acompanhar,
estar ali junto, como um irmão que quer estar a serviço”. (CM)