Nairóbi, 22 jun (RV) - A Caritas no Quênia está engajada em levar ajuda às
pessoas que vivem na miséria que assola o país desde o final de 2010, por causa da
seca.
Uma situação dramática que levou o Presidente da República, Mwai Kibaki,
a declarar estado de calamidade pública e a elaborar imediatamente um plano de ajuda
às pessoas que vivem nas áreas em risco. Dentre as medidas tomadas pelo Chefe de Estado,
a importação de cereais e a transferência de 18 milhões de dólares ao Ministério da
Água e Irrigação.
No entanto, a Caritas no Quênia está levando alimento e água
às regiões mais atingidas pela seca, mas a situação não é fácil. "Atualmente, disse
Peter Nguli, membro da Caritas no Quênia, não sabemos realmente quantas pessoas vivem
na pobreza extrema". "Por isto, foi realizado um encontro interdiocesano com todos
os membros da Caritas a fim de distribuir melhor as ajudas no território" – ressaltou
Peter.
Em março passado, os bispos quenianos lançaram uma campanha em favor
das vítimas da pobreza, convidando os fiéis a se unirem na grande iniciativa solidária
de coleta de alimentos e fundos nas paróquias, dioceses e outras estruturas da Igreja.
Milhões de quenianos podem perder seus meios de subsistência, pois esta crise
gerou falta de alimentos, aumento de preços, falta de colheita, migrações e conflitos,
desnutrição, ausência de crianças nas escolas, fome e morte.
Segundo a Organização
das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), contam-se no Quênia mais de
2 milhões e 400 mil pessoas sem acesso a alimentação e água, sobretudo no norte e
no nordeste do país, onde a população se dedica ao pastoreio.
Infelizmente,
não existem perspectivas de melhoramento antes de outubro próximo, quando terá início
a estação das chuvas. (MJ)