2011-06-22 12:29:00

Na audiência geral Bento XVI falou dos Salmos, orações universais que falam a língua de Deus


(22/6/2011) Milhares de pessoas congregaram-se na manhã desta quarta feira na Praça de S. Pedro para a habitual audiência geral do Santo Padre.
Prosseguindo o ciclo de catequeses sobre a oração cristã, Bento XVI deteve-se sobre os Salmos, livro de oração por excelência.
“Composto por cento e cinquenta salmos, segundo diversas formas literárias, o Saltério [conjunto dos salmos] apresenta-se como uma manifestação das múltiplas experiências humanas que se fazem oração”, afirmou.
Para Bento XVI, em todas estas orações estão presentes “dois âmbitos” centrais, “a súplica e o louvor”.

“Trata-se de duas dimensões correlacionadas e inseparáveis, pois toda a súplica é animada pela certeza de que Deus responderá, abrindo-se assim ao louvor; por sua vez, o louvor brota da experiência da salvação recebida, que supõe a necessidade de ajuda, expressa pela súplica”, precisou.

O Papa acrescentou, neste contexto, que “os salmos ensinam a rezar, de modo análogo ao que acontece com a criança que aprende a falar, assimilando a língua dos seus pais para poder expressar as suas sensações e emoções”.
Textos recitados diariamente por católicos e judeus de todo o mundo, os salmos cruzam, segundo Bento XVI, “alegria e sofrimento, desejo de Deus e percepção da própria indignidade, felicidade e sentido de abandono, confiança em Deus e solidão dolorosa, plenitude de vida e medo de morrer”.
O Papa apresentou depois uma síntese da sua catequese em português e saudou o grupo de jovens portugueses que se deslocou ao Vaticano para lhe entregar um álbum com 100 páginas de testemunhos e ilustrações sobre a sua passagem por Portugal, em Maio de 2010. RealAudioMP3
Queridos irmãos e irmãs,
Hoje iniciamos uma nova etapa no percurso das catequeses sobre a oração, ao entrar no “livro de oração” por excelência: o livro dos Salmos. Composto por cento e cinqüenta salmos, segundo diversas formas literárias, o Saltério se apresenta como uma manifestação das múltiplas experiências humanas que se fazem oração. E, dentre essas formas expressivas, há dois âmbitos que sintetizam toda a oração do saltério: a súplica e o louvor. Trata-se de duas dimensões correlacionadas e inseparáveis, pois toda a súplica é animada pela certeza de que Deus responderá, abrindo-se assim ao louvor; por sua vez o louvor brota da experiência da salvação recebida, que supõe a necessidade de ajuda, expressa pela súplica. Desta forma, os salmos ensinam a rezar, de modo análogo ao que acontece com a criança que aprende a falar, assimilando a língua de seus pais para poder expressar as suas sensações e emoções. Nos salmos, a própria Palavra de Deus se torna palavra de oração. Por fim, é com Jesus que os salmos encontram o seu cumprimento definitivo e o seu sentido mais pleno e profundo. De fato, o cristão recitando os salmos, reza ao Pai em Cristo e com Cristo.
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Saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, em particular os brasileiros de Curitiba e os jovens portugueses que se organizaram sob o lema “Eu acredito” para unir seus coetâneos à volta do Sucessor de Pedro. Continuai a fazer da oração um meio para crescerdes nesta união. Cada dia, pedi a Jesus como os seus primeiros discípulos: “Senhor, ensinai-nos a rezar”! Que Deus vos abençoe!








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