Cidade
do Vaticano, 20 jun (RV) - Em 29 de maio de 1966, ia ao ar o primeiro programa
em língua armênia da Rádio Vaticano. No começo eram apenas 15 minutos por semana o
que, em 1975, mudou: os colegas da redação armênia passaram a transmitir diariamente.
Um
fato marcante aconteceu em 1971, quando um grupo de armênios que veio da Geórgia foi
recebido na Rádio Vaticano. Os peregrinos contaram que muitos ouvintes na cidade de
Akhalzekha acompanhavam de joelhos a transmissão da missa em rito armênio.
Num
momento de grande renovação social e de esperança no futuro, as transmissões representam
para o povo da Armênia e também para aqueles que vivem fora do país, um grande estímulo
moral e espiritual. É por isso que hoje, como no passado, os colegas armênios procuram
manter viva a sensibilidade religiosa de seu povo, que desde sempre é reconhecida
como uma nação fiel à mensagem do Evangelho.
Para manter esse reconhecimento
sem esquecer as problemáticas sociais e morais que afligem as famílias armênias, sobretudo
os jovens, a redação armênia está empenhada na tradução do YOUCAT - a catequese dos
jovens. O objetivo é criar uma editoria semanal assim que o trabalho estiver concluído.
Seguindo
as novas linhas - e também aquela já traçada no passado - o Programa Armênio continua
a transmitir informações sobre as atividades do Papa e da Santa Sé. Sem esquecer as
notícias do Patriarcado Católico Armênio e a Igreja Armênia em geral.
Nesse
sentido, o espaço dedicado às entrevistas dos expoentes da Igreja Apostólica e Evangélica
permitiu estabelecer contatos importantes, destinados a perdurar.
Quando a
Rádio Vaticano inaugurou as diversas páginas na Internet, os artigos publicados em
língua foram citados em outros sites com o devido crédito. Além disso, o programa
armênio se faz porta-voz do patriarcado nacional. Os bispos e sacerdotes armênios
que trabalham em diferentes pontos do mundo ouvem o programa com freqüência, contando
sempre com a retransmissão das rádios parceiras.
O Sínodo para o Oriente Médio,
em outubro de 2010, foi um fato histórico para a pequena redação armênia. Apesar de
não estar no rol das línguas oficiais, criou uma página na internet com serviço em
armênio. O Sínodo deu um novo impulso para conhecer a fundo as problemáticas sociais
e religiosas pelas quais passam os fiéis no Oriente Médio onde, inclusive, vive um
grande número de armênios.
Isso porque após as deportações e o genocídio sofridos
pelos armênios em 1915, se criou uma vasta diáspora que conta com quase 6 milhões
de descendentes espalhados por todos os cantos do mundo. Enquanto isso, na República
Armênia, que se tornou independente logo depois que a antiga União Soviética foi dissolvida,
vive um terço da população, cerca de 3 milhões. Este fato requer um esforço ainda
maior para atender as exigências de ouvintes internacionais. (RB)