2011-06-21 11:18:02

MORRER DE FRONTEIRA


Cidade do Vaticano, 21 jun (RV) - Há vinte anos, morre-se ao longo das fronteiras da Europa. A Conferência das Igrejas da Europa, CEC, propôs que anualmente, em 26 de junho, estas pessoas sejam recordadas com um dia de oração.

A ideia foi lançada pelos bispos europeus em julho de 2009. Igrejas e associações de defesa dos direitos humanos nos países europeus responderam ao apelo e neste domingo recordarão as consequências letais do fechamento das fronteiras da União: “Técnicas altamente aperfeiçoadas de proteção das fronteiras e acordos de expulsão dos refugiados violam os direitos humanos” - frisa a mensagem da CEC.

A iniciativa européia também recebeu a adesão das Igrejas e associações de direitos humanos dos EUA, em cujo confim com o México registram-se continuamente mortes de imigrantes.

“As Igrejas recordarão na oração os mortos sem nome, aqueles que desaparecem sem deixar vestígios nos mares ou em desertos. Seu lamento, não ouvido pelos homens, será levado a Deus. O que acontece nas fronteiras – longe da vista do público e de qualquer controle – será revelado a todos. Serão fornecidas informações sobre a situação dos direitos humanos nas fronteiras. Aos políticos, será recordada a sua responsabilidade de tomar medidas eficazes para proteger as pessoas e os direitos humanos” – promete a mensagem.

Em novembro de 2010, o sínodo da Igreja Evangélica na Alemanha já auspiciava a “melhoria da tutela dos direitos humanos nas fronteiras externas” e pedia que “se trabalhasse para criar linhas-mestras vinculantes no sistema de monitoração das mesmas, em conformidade com o direito europeu e internacional”.
(CM)








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