2011-06-20 12:01:28

DIA DOS REFUGIADOS: 44 MILHÕES NO MUNDO


Cidade do Vaticano, 20 jun (RV) - O mundo recorda hoje o Dia Mundial do Refugiado, instituído em 2000 pela Assembleia Geral da ONU em solidariedade à África, continente que abriga o maior número de refugiados e que, tradicionalmente, já celebrava o Dia Africano do Refugiado nesta data.

É também a ocasião para aumentar a consciência da sociedade sobre a problemática dos homens e mulheres deslocados por guerras e conflitos armados ou perseguidos por motivo de religião, nacionalidade, raça, grupo social e opinião política.

Segundo um relatório do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), a ser publicado hoje, o número de refugiados, solicitantes de asilo e deslocados não para de aumentar no mundo, e chegou a 44 milhões de pessoas em 2010. O dado curioso é que, ao contrário do previsto, 80% delas se encontram hoje nos países em desenvolvimento,
Cerca de 16 milhões em todo o mundo - mais de um quarto da população de refugiados - encontra-se apenas em três países: Paquistão, Irã e Síria.

Nestas estimativas, não estão incluídos os números referentes à onda de deslocados na sequência dos conflitos no norte da África. A maior parte deles busca refúgio em países vizinhos e poucos chegam à Europa, depois de longas e precárias travessias em balsas.

Ontem, o Alto-Comissário para os Refugiados, António Guterres, visitou na ilha de Lampedusa um grupo de refugiados que recentemente deixaram a Tunísia e a Líbia.

Numa mesa-redonda com representantes de organizações não-governamentais, Guterres lembrou que a crise política na Líbia motivou a fuga de um milhão de cidadãos e que apenas 2% desse montante desembarcaram na Europa. O representante da ONU pediu a abertura das fronteiras dos países europeus aos refugiados.

O Brasil assinala o Dia Mundial do Refugiado através da realização de diversas atividades. A Campanha “Calce os sapatos dos refugiados” é uma delas.

A iniciativa promove a tolerância e a integração dos refugiados e de outras populações, sob a orientação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). O objetivo é sensibilizar a população a sentir na pele a vida de um refugiado, tomando consciência de seus problemas. Em várias cidades brasileiras, alguns refugiados vão confeccionar pratos típicos, outros farão apresentações artísticas: uma oportunidade para interagir com o público.

Em 2009, no Brasil, existiam 4.239 refugiados provenientes de 75 países diferentes. O Brasil é internacionalmente reconhecido como acolhedor. Em novembro de 2005, Antonio Guterres realçou essa faceta, considerando-o “um país de asilo e exemplo de comportamento generoso e solidário”.
O país tem desenvolvido inúmeras iniciativas com o objetivo de integrar os refugiados na sociedade. Empregá-los e torná-los economicamente autônomos são as maiores preocupações.

Dos países industrializados, a Alemanha é o que acolhe a maior população de refugiados, com pouco menos de 600 mil.
(CM)








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